Estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que os números da letalidade policial no estado da Bahia aumentaram 47%. Os dados também indicam que 100% das vítimas de violência policial em Salvador eram homens negros.
O estudo mostra também que o número de pessoas mortas pela polícia na Bahia saltou de 773, em 2019, para 1.137, em 2020. O estado ultrapassou São Paulo em números absolutos — que teve 814 mortes — e se aproximou do Rio de Janeiro, o estado com a polícia mais letal do país, com 1.239 mortes registradas.
Apesar de os dados indicarem os números da letalidade policial, principalmente contra pessoas negras, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino Barreto, afirmou em reportagem do Profissão Repórter, transmitido nesta terça-feira (21), que houve uma mudança no comportamento dos policiais durante as operações realizadas.
“Em 2020, a política era de fazer confronto. A política hoje não é mais de fazer confronto, é de operar com inteligência. E esse ano, no primeiro semestre, houve uma redução de 33% de mortes em confrontos com policiais”, afirma o secretário.
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Monitoramento por câmeras
A Bahia é um dos estados que planejam adotar o uso de câmeras na farda dos policiais para monitorar o trabalho dos agentes de segurança. Em São Paulo, três mil câmeras corporais portáteis foram instaladas nas fardas de policiais de 18 batalhões do estado, para tentar reduzir a letalidade por PMs em serviço.
Em junho, primeiro mês do projeto Olho Vivo, não houve registro de mortes cometidas por policiais desses batalhões. A letalidade da Polícia Militar caiu a níveis históricos, mas as denúncias de execuções em outras áreas continuaram.
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