Um segurança de um restaurante em Ipanema, na Zona Sul do Rio, tem sofrido ataques racistas de um vizinho do restaurante. O último boletim de ocorrência foi registrado no último sábado (10) e a gravação de uma cliente do estabelecimento, que circula na internet nos últimos dias, mostra o momento em que um dos ataques acontece.
Em uma das imagens, um homem mais velho que mora em frente ao estabelecimento, chama o funcionário de “neguinho“. De acordo com a postagem, o motivo dos ataques é que o vizinho do restaurante reclama constantemente da presença do segurança na calçada do prédio onde mora, com frases preconceituosas. “Você está favelizando minha calçada, vai pro outro lado, neg*”, já disse.
A atitude também é repetida pelo filho do homem, e os vídeos revoltaram os usuários. Com a repercussão do caso, o Babbo Osteria, restaurante no qual a vítima trabalha, e o chef Elia Schramm, proprietário da marca, afirmaram que estão apoiando a vítima e que o local “não tolera qualquer tipo de atitude preconceituosa”.
No pronunciamento, o restaurante também afirmou que preza pelo respeito e que não são tolerados preconceitos no local, e ainda escrevem na postagem que “enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, jamais haverá paz”, e finaliza afirmando que racismo é crime e precisa ser denunciado. O próprio chef disse que uma outra denúncia já havia sido feita contra o mesmo vizinho no último dia 15.
Mais um caso
Um caso de injúria racial foi denunciado por uma funcionária de um supermercado, da Zona Sul do Rio, contra um cliente que havia a chamado de “pretinha“. O caso também aconteceu no último sábado (11) quando as autoridades foram acionados para a ocorrência, e levarem tanto a funcionária quanto a cliente para a 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado.
Um vídeo que também circula nas redes sociais mostra uma mulher, a acusada de injúria racial, sendo conduzida pelos policiais enquanto populares a chamam de “racista“.
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Os agentes do Programa Rio+Seguro, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) que atenderam a ocorrência, disseram que não presenciaram o momento em que a denunciada chama a mulher de “pretinha” mas, em nota, a Seop informou que o apoio dos policiais foi necessário porque os populares “se tornaram hostis em relação à autora“.