Resistindo através da Arte

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Por Marina Lopes

Arte sempre foi sinônimo de resistência. A produção cultural, além de gerar entretenimento para um grande público, promove pensamento crítico, visão de mundo ampliada e percepção das dores de uma sociedade. Por isso, o investimento em cultura, deve ser um dos principais pontos de atenção de todo governo que almeja o crescimento de sua nação. Porém, no Brasil, o que vem acontecendo desde 2018, é exatamente o oposto disso.

Cena de Medida Provisória com Taís Araújo e Alfred Enoch – Foto: Divulgação

A cultura brasileira passa por um processo de extrema desvalorização. O atual governo não investe e coloca grandes entraves (ou até mesmo censura) às produções nacionais, como foi o caso do filme Marighella e dos boicotes feitos ao filme Medida Provisória.

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Todas essas produções tocam diretamente no racismo, na luta contra regimes arbitrários, na liberdade de expressão e cultural. Então, a quem interessava e por que interessava barrar todas essas produções? Para muitos essa pergunta acima chega até ser retórica, mas de qualquer forma é sempre importante colocar às claras que vivemos em um cenário politico onde o ato de pensar, não agrada quem está no poder. 

Uma população que não reflete sobre sua própria realidade, se torna muito mais manipulável e vulnerável. Os filmes Medida Provisória e Marighella, além de tantas outras produções culturais (em todas as suas formas de fazer arte) que foram embarreiradas por falta de investimento ou censuradas, são sinônimos dessa resistência e de um movimento contrário a toda tentativa de “emburrecimento” da nossa população.  Por isso, valorizar a arte é essencial para alcançar uma sociedade mais justa e menos desigual. Fazer arte é bater de frente com toda tentativa de silenciar nossos gritos.

Marina Lopes é jornalista e escritora

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