Na última segunda-feira (15) começou a 4ª edição do Festival Converse com Outras Ideias da GloboNews, com a jornalista Aline Midlej, com uma mesa com o tema “Quem vê close não vê corre: saúde mental em tempos de felicidade nas redes”. A ideia foi falar sobre como as pessoas lidam com as redes sociais e equilibram a exposição na internet, com a saúde mental.
Junto com a jornalista estavam a cantora Linn da Quebrada, que também se apresentou, o psicanalista Lucas Liedke, e a ginasta campeã olímpica e mundial, Rebeca Andrade. Durante o evento, a atleta falou sobre sua relação com as redes sociais, sobre sua saúde mental, e em um bate-papo com o Notícia Preta, também falou sobre ser um exemplo para outras meninas.
Ela disse que é muito tranquila com as redes, e que com o tempo, aprendeu a lidar e não se importar com comentários ruins. “É claro que a gente encontra de tudo, eu tô ali para ver os memes que eu gosto, mas eu vejo vários tipos de notícias e quando eu vejo algo que não me agrada, eu passo rápido ou tiro da página, eu procuro não ficar vendo coisas que vão me deixar triste ou mudar minha energia”.
Em uma conversa com o NP após a mesa, Rebeca falou sobre como lida com tamanha visibilidade após fazer história nas Olimpíadas de Tóquio e no Mundial de Ginástica Artística no ano passado, e em ser vista como um exemplo para jovens ginastas, principalmente para meninas negras.
“Para mim é um orgulho! Eu vejo muito pelo que a Daiane dos Santos foi para mim, então eu entendo essa importância de poder representar, de poder ser vista e incentivar sendo uma mulher preta”, disse Rebeca, que completa se dizendo animada quando recebe um feedback de seus fãs.
“É muito gratificante ver tantas menininhas treinando, competindo e falando ‘ai eu me inspiro em você, você é incrível e maravilhosa’”.
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Além de Daiane dos Santos, a ginasta diz se inspirar também na Beyoncé, e dentro do esporte cita outros nomes como as ginastas norte-americanas Gabby Douglas e Simone Biles, que ela lembra ter passado por problemas com saúde mental há pouco tempo, que para ela, é muito importante ser discutido.
E não menos importante, Rebeca também cita a mãe como grande fonte de inspiração, assim como as mulheres da sua família, seus irmãos e sua rede de apoio no esporte que, segundo ela, descreve com muita animação, como sendo seus suportes. “Sempre me apoiando, me incentivando, me levantando para que eu pudesse alcançar meus maiores sonhos”.
Além de uma super campeã na ginástica, Rebeca também mostra seus talentos vocais nas redes sociais, vídeos de dança, e equilibra tudo isso com as rotinas de treinos e uma faculdade. Mesmo depois de conquistar tantas medalhas importantes, aos 24 anos ela continua buscando outros sonhos.
“Eu não gosto de me limitar. Eu acho que no esporte eu conquistei muita coisa sim, e eu me orgulho demais de cada conquista minha, mas eu ainda quero mais conquistas com a minha equipe, individuais, o meu diploma na minha faculdade que estou cursando psicologia, então é algo que para mim é muito importante”, diz a ginasta que também quer viajar muito e viver bastante a vida.