Metade da população brasileira, ou seja, cerca de 110 milhões de pessoas, têm renda familiar abaixo dos R$ 3 mil por mês. É o que revela um estudo do Instituto Locomotiva.
O levantamento também traça um perfil da classe C. Esse grupo populacional é majoritariamente negro e não concluiu o ensino médio.
A alimentação é parte significativa da renda familiar mensal, que fica entre R$ 2,5 mil e R$ 4,5 mil. Metade das casas é chefiada por mulheres.
Oito em cada dez famílias da classe C têm alguma dívida em aberto, a maioria delas são provenientes de despesas com cartão de crédito.
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Endividamento das famílias
Em março de 2023, o endividamento atingiu 78,3% das famílias do país, mesmo patamar que o observado no mês anterior. Esses dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), que revela ainda que em 2022 o Brasil teve o maior percentual de endividados já registrado pela Pesquisa. Ou seja, a situação financeira das famílias nunca se mostrou tão crítica em um ano fechado quanto no ano passado.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pela Peic, o endividamento perdeu força no país nos últimos meses. Contudo, o patamar segue muito elevado, refletindo as dificuldades dos brasileiros em honrar os seus compromissos.
Confira abaixo as taxas de endividamento dos brasileiros nos últimos seis meses:
- Outubro de 2022: 79,3%
- Novembro de 2022: 79,2%
- Dezembro de 2022: 78,1%
- Janeiro de 2023: 78,0%
- Fevereiro de 2023: 78,3%
- Março de 2023: 78,3%
O percentual de endividamento cresceu fortemente no Brasil em 2021, refletindo o impacto da pandemia da covid-19, e a trajetória continuou subindo em 2022.
