Recôncavo Afro Festival começa nesta quarta em Cachoeira (BA) com entrada gratuita

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O cineasta Antonio Pitanga e a cantora Sued Nunes estão entre as atrações

Começa oficialmente nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, no município de Cachoeira (BA), a programação do Recôncavo Afro Festival (RAF), evento dedicado a difundir as produções de artistas negros e negras do território da Bahia. Diversas atrações culturais estão previstas para acontecer até o dia 24 de novembro (domingo), em simultaneidade com São Félix, onde o RAF estreia no dia 21 (quinta-feira). As cidades de Maragogipe, Santo Amaro e Salvador serão as próximas a sediar o evento. 

Dividido nas categorias Audiovisual, Artes Visuais, Artes Cênicas e Música Instrumental, o RAF promove uma série de atividades gratuitas espalhadas por importantes espaços culturais do Recôncavo. Durante os cinco dias de programação, o eixo Cachoeira – São Félix vai receber uma Feira de Empreendedorismo, Sessões de Filmes, Exposições de Obras de Artes e Apresentações Musicais e de Dança, desde orquestras e fanfarras tradicionais ao Baile TBT, festa que celebra a diversidade e oportuniza a cena independente da música baiana.

Cena do filme “Malês”, dirigido pelo diretor e ator Antonio Pitanga /Foto: Reprodução

Pensando em oferecer atividades de diferentes linguagens, o festival busca empoderar os talentos pretos deste território, proporcionando visibilidade e reconhecimento. Serão dias repletos de música, dança, artes visuais, cinema e celebração da cultura do Recôncavo Baiano. A curadoria foi cuidadosamente planejada para proporcionar uma experiência rica em referências artísticas para a comunidade negra da Bahia, mostrando ao Brasil toda a potência cultural deste território”, disse Marvin Pereira, coordenador de curadoria do RAF. 

Mostras de Cinema

Dentro do circuito de mostras cinematográficas, o grande destaque será a exibição de “Malês”, dirigido e estrelado por Antonio Pitanga. O filme poderá ser assistido na sexta-feira (22), às 18h30, no Cine Theatro Cachoeirano, e contará com a presença ilustre do cineasta baiano, que celebra 65 anos de carreira. Ao lado do seu filho e ator Rocco Pitanga e da atriz Samira Carvalho, os artistas vão participar de um bate-papo com o público. 

Com cenas gravadas em Cachoeira e Salvador, o longa-metragem chega aos cinemas em novembro e reconta a história da Revolta dos Malês, considerada a maior rebelião de africanos escravizados do Brasil. Outros grandes nomes como Camila Pitanga, Patrícia Pillar e Bukassa  Kabengele também integram o elenco. 

Do outro lado da ponte sobre o Rio Paraguaçu, em São Félix, o RAF terá uma programação predominantemente audiovisual, com exibições de longas e curtas-metragens do Recôncavo e de estados como Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. “Estamos na expectativa de mergulhar na cultura dessas cidades que compõem o Recôncavo e conhecer essa variedade de artistas e linguagens, promovendo esse intercâmbio cultural e descentralizando essas produções da capital. No setor de audiovisual, por exemplo, temos uma efervescência de projetos cinematográficos que foram produzidos na região ou fora dela, como o filme Malês, que tem cenas gravadas em Cachoeira, além de outras produções que fazem parte da história do cinema brasileiro”, disse Everlane Moraes, curadora de Audiovisual do RAF.

Próximas datas

As próximas paradas do RAF serão em Maragogipe, de 28 a 30 de novembro; Santo Amaro, de 5 a 7 de dezembro; e Salvador, de 12 a 15 de dezembro. A programação será divulgada em breve.

O Recôncavo Afro Festival é uma idealização da Odé Produções e Ayabá Produtora Criativa e Audiovisual, com patrocínio da Nubank, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal, União e Reconstrução. O projeto recebe o apoio do Governo da Bahia através da Secretaria de Cultura e Superintendência de Fomento ao Turismo.

Para mais informações, acesse o site oficial do festival: https://www.reconcavoafrofestival.com ou acesse o perfil no Instagram @reconcavoafrofestival.

Leia também: Exposição Ecos Malês leva arte, memória e resistência na Casa das Histórias de Salvador (BA)

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