Por Marina Lopes
Recenseadores do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pretendem entrar em greve a partir da próxima quinta-feira (01). A reclamação principal são os atrasos na liberação do pagamento por parte da instituição e as más condições de trabalho.
Em comunicado divulgado em redes sociais, na última terça-feira (23), o órgão pede desculpas pelo atraso nos pagamentos, “o IBGE reconhece e pede desculpas pela demora na liberação do pagamento do trabalho de coleta dos recenseadores. O instituto informa que está comprometido em reduzir esses prazos”. E completa, “em relação aos pagamentos solicitados, até dia 18/08 (quinta-feira), referentes a ajuda de locomoção e diárias, já foram regularizados. Sobre os pagamentos de ajuda de treinamento, há ainda algumas demandas residuais que estão sendo resolvidas caso a caso pelo IBGE em suas respectivas unidades estaduais”, completou.
No entanto, a baixa mobilização dos grupos de recenseadores de cada estado, chama a atenção. Apenas cinco grupos tiveram mais de 150 pessoas participando. No restante, menos de 100 pessoas se mobilizaram e a grande maioria dos grupos não tinham porta-voz. Na última sexta-feira (26), por exemplo, a manifestação na cidade de Salvador contou com somente 50 recenseados, de forma que o movimento precise de mais aderência de outros trabalhadores na mobilização.
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Questionado pelo Portal Nacional da Educação sobre a falta de aparato jurídico na manifestação, o líder do Estado da Bahia, Lucas não respondeu, mas disse acreditar que ninguém será demitido do IBGE por participar da greve. Além disso, a União dos recenseadores não possui presença marcante nas redes sociais, o que dificulta a organização de uma manifestação mais contundente.
Aqui em Porto Alegre ninguém fala sobre o assunto! Sou recenceadora, gostaria de me mobilizar e não encontro mais pessoas organizadas! Está difícil…