Contratações de profissionais trans sobem 40%, segundo TransEmpregos

Um levantamento realizado pela empresa TransEmpregos revela que o número de contratações de pessoas trans teve um aumento de 40% em relação às contratações de 2021. O estudo mostrou também 48,43% das pessoas contratadas são negras, 47,70% são brancas e 0,81%, indígenas.

Ao todo, foram 1.113 novos empregos voltados para pessoas trans. Além disso, o número de parcerias também teve um aumento, nesse caso, chegou a 53%, totalizando 2.202 empresas que priorizam vagas para pessoas trans.

Outro dado apresentado pelo levantamento foram os ramos de atividade que mais empregam pessoas trans. Tecnologia (21,2%), varejo e comércio (8,8%) e consultorias (7,9) são os que mais eferecem oportunidades para pessoas trans. Por outro lado, advocacia (1,7%) e hotelaria e turismo (1,9%) são os locais com menor índice de trabalho para a comunidade.

Período e escolaridade

No ano de 2022, os meses de maior contratação foram abril (162), julho (150) e janeiro (136). Na contramão dessas contratações estão os meses de março (63), agosto (64) e fevereiro (68). A média mensal foi de 92 contratações de pessoas trans, segundo a TransEmpregos.

A qualificação de pessoas trans também têm aumentado, conforme revela o estudo, mas a grande maioria das pessoas que procuram uma vaga no mercado de trabalho, ainda é de pessoas com o ensino médio completo (58,57%). Em seguida, 35,15% das pessoas possuem ensino superior completo e 2,96% já possui mestrado ou doutorado.

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Os Estados de São Paulo, rio de Janeiro e Minas Gerias, os três mais populosos do país, são os que mais empregaram pessoas trans no ano de 2022. Além disso, depois da crise sanitária da Covid-19, o número de pessoas contratadas de forma remota cresceu vertiginosamente. Ao todo, 17% dos contratados realizam trabalho home office.

Movimento por trabalho

No Dia da Visibilidade Trans, a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, abriu um link de inscrição para currículos de pessoas trans. A ideia, surgida após uma reunião com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), tem o objetivo de incluir mais pessoas desse segmento da população LGBT em postos de trabalho no governo federal.

Para a ministra Anielle Franco, a inclusão de pessoas negras e LGBTQIAP+ em postos de trabalho no governo federal é uma prioridade. “O Brasil ainda é o país que mais mata pessoas trans em todo o mundo. Isso não pode continuar assim. Por isso, o governo federal tem um olhar atento às demandas da comunidade LGBTQIAP+, e nesse caso específico, das pessoas trans e pretende mudar esse quadro tão discrepante e de tanta violência que ainda persiste em nosso país”.