Há duas semanas, uma professora da Escola Municipal Acre, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi denunciada por crime de transfobia pela mãe de uma menina trans, de 13 anos. A família alega que a educadora teria chamado a aluna pelo nome morto. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME – RJ) afirmou que a professora não atua mais na escola. Já a Polícia Civil afirma que o caso foi registrado na 26ª DP, em Todos os Santos.
Segundo uma entrevista ao g1, Rosana Sarmento Ribeiro, mãe da adolescente, afirma que segundo a filha a professora teria insistido em chamá-la pelo nome de batismo, justificando que este nome deveria ser colocado ao lado do nome social para conseguir identificá-la. A jovem possui a retificação de seus documentos desde o ano passado.

“Na frente da turma inteira, ela [a professora] perguntou quem era Kauane. Kauane respondeu, ela [a professora] botou com o próprio punho o nome morto da Kauane no trabalho. Ela fez esse absurdo“, afirmou a mãe da menina em entrevista à TV Globo. Segundo a família, anteriormente a professora já havia sido preconceituosa com a menina, quando descobriu que ela era do candomblé, a obrigando a rezar em sala de aula.
Também em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que a família e a aluna estão sendo acolhidas e acompanhadas por uma equipe, e que professora está respondendo a uma sindicância interna.
A polícia também afirmou em nota que testemunhas estão sendo ouvidas, e que os agentes estão realizando outras diligências para elucidar os fatos.
Leia também: Aluno negro recebe ‘carteira de trabalho’ de outros estudantes, com 18h de trabalho por dia e R$ 50 por ano