Uma professora foi flagrada fazendo um gesto de apologia ao nazismo em uma escola privada no Paraná. Josete Biral, que no vídeo usa uma bandeira do Brasil, foi gravada por alunos que estavam na sala de aula. O crime aconteceu no Colégio Sagrada Família, em Ponta Grossa, no último sábado.
No momento em que a professora fez o gesto de saudação a Adolf Hitler, ela ministrava aula de redação para uma turma do 3º ano do ensino médio. Frente ao crime praticado por Josete, professora da rede de ensino particular, o Colégio Sagrada Família publicou uma nota nas redes sociais da escola na tarde desta segunda-feira (10). O comunicado afirma que “foram tomadas medidas cabíveis ao caso”.
“Afirmamos que não compactuamos e não concordamos com a postura da Professora e também repudiamos qualquer manifestação abusiva ao teor do vídeo”, diz o Colégio em nota oficial.
A postagem, divulgada nas redes sociais da instituição, complementa que o crime praticado por uma das funcionárias da escola vai contra os princípios do Colégio Sagrada Família: “por isso [o Colégio] repudia ações que venham a ferir os valores da vida, da moral e da ética. (…) em relação à funcionária envolvida nos fatos, por se tratar de ‘interna corporis’, foram tomadas as medidas cabíveis ao caso.”
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Apologia do nazismo
Os Códigos Legislativos apontam como crime qualquer o ato que simbolize afeição ao regime nazista. A Lei 7.716/89 criminaliza a veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica para fins de divulgação do nazismo.
A prática desse crime, que também se enquadra na Lei de combate ao racismo, injúria e intolerância religiosa, tem pena de dois a cinco anos de reclusão. Além disso, desconsidera que o ato seja um manifesto de liberdade de expressão.
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No início do ano, devido à uma ocorrência de crime da mesma espécie, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que “qualquer apologia do nazismo é criminosa, execrável e obscena. O discurso do ódio contraria os valores fundantes da democracia constitucional brasileira”.