Prestes a estrear como diretor, Lázaro Ramos fala sobre oportunidades para negros no audiovisual 

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Em contagem regressiva para a estreia como diretor, Lázaro Ramos comentou sobre a falta de oportunidades para negros nas produções audiovisuais. Na coletiva de imprensa realizada na última terça-feira (5), em Salvador, o ator falou sobre a liberdade de produzir após o rompimento do contrato com a TV Globo. “Troquei a Globo pela Amazon por estar um pouco cansado de pedir, como se eu fosse um pedinte, como se eu tivesse de implorar por uma coisa que é poderosa, que são os nossos profissionais, a nossa história. (…) Pena que o mercado está atrasado, mas na hora que eles enxergam a gente, podemos nos juntar e fazer um ‘Medida Provisória’. Isso para mim é muito importante hoje em dia. Em tudo o que eu fizer, a capacidade e a qualidade dessa gente toda que tem no nosso país será vista.”, disse.

Lázaro Ramos. Foto: Reprodução Redes Sociais

 O longa estreia nos cinemas brasileiros em 14 de abril. Seu Jorge (André), Taís Araújo (Capitú), Alfred Enoch (Antonio), interpretam, respectivamente, um jornalista, uma médica e um advogado. O elenco ainda é composto pelas atrizes Adriana Esteves e Renata Sorrah, além da estreia do rapper Emicida como ator. O filme é baseado na peça “Namíbia, não!”, do dramaturgo Aldri Anunciação. 

Leia também: Em novo livro, Lázaro Ramos narra os bastidores do filme Medida provisória

“Medida Provisória” é ambientado no Brasil num distópico futuro próximo. Na trama, após um advogado pedir indenização ao Estado brasileiro pelo tempo de escravização, o governo, como reparação social, decreta uma medida provisória para enviar os negros, que chama de “cidadãos de melanina acentuada”, de volta à África. 

Vale lembrar que no novo livro intitulado Medida provisória: Diário do diretor (Editora Cobogó), Lázaro Ramos narra os bastidores de seu primeiro trabalho atrás das câmeras, como diretor de cinema. Ele conta seu envolvimento com o projeto desde que conheceu a peça Namíbia, não!, de Aldri Anunciação, e decidiu adaptá-la para o cinema. “Entendemos logo que ali havia uma ideia muito original e que trazia debates importantes, principalmente no momento histórico que estávamos vivendo, momento em que a população negra no Brasil estava discutindo intensamente o seu espaço de formação de identidade, direitos e deveres”, escreve no livro. 

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