35% da população infantojuvenil conversa sobre racismo, revela pesquisa

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O racismo é discutido em casa por 35% da população infantojuvenil, é o que revela uma pesquisa da Hibou. O estudo ouviu 1600 adultos que convivem com crianças de até 14 anos e adolescentes de até 19 anos. Com o objetivo de descobrir os assuntos mais abordados pela Geração Alpha (nascida a partir de 2010) e Z (2000 a 2010) com os adultos que convivem.

As gerações Alpha e Z estão preocupadas com questões climáticas e de relacionamento – Foto: De acordo com a pesquisa, os temas surgem não apenas por meio de conversas diretas trazendo opiniões e dúvidas, mas também através da publicação de posts, memes e vídeos nas redes sociais. Uma linguagem atual muito consumida e praticada por essas gerações. A geração Alpha, por exemplo, é a primeira geração a ser considerada 100% digital.

O levantamento apresentou 25 temas dentro desse universo de acesso à tecnologia e informação, para avaliar quais são os que chegam mais às casas dos brasileiros. Os 10 assuntos mais frequentes estão divididos em 3 grupos: comportamento, meio ambiente e futuro profissional.

Uma geração engajada com causas sociais

Na área comportamental, a pesquisa revelou uma preocupação entre esses jovens com o bem estar social e o convívio com as diferenças. Os temas mais comentados foram bullying (45%), respeito às diferenças (45%), segurança fora de casa (37%), preconceito, intolerância  e racismo (35%).

Para a coordenadora da pesquisa, Ligia Mello, as pautas sobre a tolerância e compreensão do outro revelam o sentimento de empatia e preservação da segurança dessa geração. “É possível observar que a maior parte dos temas estão relacionados ao convívio social e preocupação com o planeta”, observa.

Os temas relacionados ao meio ambiente reforçam o interesse dessa geração por pautas sociais e demonstra a busca por um mundo sustentável. Estão entre os assuntos abordados a proteção dos animais (33%),  a reciclagem do lixo (32%) e o desperdício de água (31%). Sobre o futuro profissional aparecem questões como a mudança do mercado: novas profissões e carreiras digitais (31%) e aprendizado financeiro (32%). 

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Outros assuntos que apareceram no levantando são: o uso de drogas abordado por 26% dos jovens, seguido por diversidade 24%, sexo e sexualidade 24%. Além de inclusão 22%, sustentabilidade 21%, identidade de gênero 20%, desmatamento19%, relacionamento homoafetivo 19%, violência doméstica 17%, e o consumo de cigarros eletrônicos 17%.

Poder de influencia nas compras familiares

Ainda de acordo com o estudo, quando o assunto é poder de decisão e escolha nas compras essa geração apresenta uma voz ativa que influencia diretamente no momento da compra de bens e serviços das famílias. Entre 25 segmentos listados na pesquisa, cinco apresentaram maior poder de escolha: passeios, eventos e cinema (61%), artigos de tecnologia como celular, TV e computador (58%), alimentos como bolachas, biscoitos e pães (56%), materiais de papelaria (55%) e calçados (54%).

Segundo Ligia Mello, muitas decisões em família passam pelo crivo infantojuvenil. “Para o mercado, é importante estar atento às tendências e a realidade das coisas, pois é uma geração que busca essa clareza de informações. Estes dados e as curvas de aprendizado em maturação são essenciais para o mercado ter estratégias de longo prazo que gerem boas experiências familiares”, conclui.

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