O país que é oficialmente chamado de República Democrática de Timor-Leste e é um dos países mais jovens do mundo, aprova o português como língua de instrução e ensino.
As línguas oficiais do país eram Tétum e Português. Durante uma reunião com os ministros do Conselho, a proposta de definir o português como a língua principal foi aprovada, deixando o tétum como a língua de apoio.
O comunicado foi emitido no final da reunião. “A presente proposta de lei procede a um conjunto de alterações necessárias para adequar a lei de bases do setor educacional do país às atuais exigências e desafios”.
O primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, já havia feito declarações em uma comemoração aos 40 anos da proclamação da independência do Timor-Leste sobre a adoção do português como língua oficial.
“A língua portuguesa é um dos fatores essenciais da identidade do povo timorense”, afirmou. Quando questionado sobre as dificuldades de ampliar a utilização do idioma no país, declarou que “vai levar tempo, naturalmente, mas não é difícil. Difícil foi a independência e, mesmo assim, conseguimos. Por que não o português?”.
No documento oficial, também foram feitas alterações em diversas normas relacionadas aos níveis de ensino pré-escolar, básico e secundário, reconhecendo a importância da aprendizagem da língua no setor educativo nacional.
O governo do país também trouxe como argumento o fato de que “o diploma vai também eliminar injustiças na atribuição de graus e diplomas no ensino superior técnico, pelo que passará a ser possível aos estabelecimentos de ensino superior técnico atribuírem graus e diplomas como o bacharelato, a licenciatura e o mestrado”.
A língua portuguesa que teve sua utilização proibida durante a ocupação indonésia, entre 1975 e 1999 e que distanciou toda uma geração de timorenses do idioma. Hoje se torna a língua de instrução e ensino em todo o sistema educativo do país.