O Global Stocktake (GST) ou Balanço Global, é um processo que examina como os países estão cumprindo o suas metas em relação às mudanças climáticas definidas pelo Acordo de Paris, assinado em 2015. O Brasil é o sexto maior emissor de gases estufa do planeta, e precisa diminuir a emissão em pelo menos 92% até 2035, comparado a 2005, segundo Observatório do Clima nesta segunda-feira (26).
O objetivo é manter o aquecimento global do planeta abaixo de 2ºC até o final do século, onde a meta de 2030, inicia a eliminação dos combustíveis fósseis do Brasil, propondo a redução do uso deles em 42% (80% do carvão mineral, 38% dos derivados de petróleo e 42% do gás fóssil).
A Nova Contribuição Determinada (NDC, em inglês), precisa ser divulgada até fevereiro do próximo ano num plano climático nacional, que venha a inspirar outros países do G20, a aumentar sua meta. Até 2035, países como os Estados Unidos, precisam atingir emissões negativas em 4 bilhões de toneladas para compensar seu histórico de emissões, no Brasil, esse número é de 200 milhões de toneladas de emissões líquidas.
“Incluir um eixo de análise na NDC voltado para a justiça climática significa garantir que a agenda de mitigação tenha os resultados esperados e ajude a corrigir as desigualdades estruturais que aprofundam a emergência climática para as pessoas negras e indígenas, para as mulheres, crianças, pessoas com deficiência e pessoas idosas“, disse Thaynah Gutierrez, secretária executiva da Rede por Adaptação Antirracista.
Importante ressaltar sempre que há diferença entre as populações impactadas e que construir um conjunto global de respostas, garante a equidade no planeta.
O Observatório do Clima, sugeriu também, medidas de adaptação, como o desenvolvimento de novos cenários para avaliar riscos climáticos e a inclusão da análise de impacto climático em todo o orçamento público. Além disso, no Brasil, esses eventos climáticos extremos afetam os recifes de coral, o Pantanal e grande parte da Amazônia.
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