Mais que uma cor, é sobre consciência. E quando o cuidado não chega pra todo mundo?
Por Saulo Gonçalves – Nutricionista
As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, afetam milhares de pessoas no Brasil e no mundo. E apesar de ainda serem pouco discutidas, seu impacto na qualidade de vida é profundo.
Nutrição é cuidado, mas precisa ser com respeito e acesso. Vocês sabiam que a população negra muitas vezes enfrenta maior dificuldade no diagnóstico e acesso ao tratamento de DIIs, devido a desigualdades no sistema de saúde e à sub-representação em estudos clínicos? É essencial falar sobre isso!
E onde entra a nutrição? Uma alimentação equilibrada pode ser uma grande aliada no controle dos sintomas e na melhora da saúde intestinal: Alimentos anti-inflamatórios: como cúrcuma, gengibre, azeite de oliva extravirgem, vegetais verde-escuros (couve, brócolis), peixes ricos em ômega-3 (sardinha, salmão). Probióticos naturais: como kefir, iogurte natural e chucrute (se bem tolerados). Fontes de fibras solúveis: como aveia, banana e maçã cozida, que ajudam a modular a microbiota intestinal sem irritar o intestino.
Hidratação adequada: essencial para o bom funcionamento intestinal. Evite alimentos ultraprocessados, ricos em corantes, conservantes, açúcar e gordura trans, que aumentam o processo inflamatório.
Importante lembrar: A resposta aos alimentos pode variar muito de pessoa para pessoa, por isso o acompanhamento com um nutricionista é fundamental — especialmente nas fases de crise ou remissão.
Neste Maio Roxo, vamos dar visibilidade às DIIs, combater o preconceito e garantir que TODAS as pessoas — inclusive a população negra — tenham acesso à informação, diagnóstico e cuidado de qualidade. Comer bem é um direito. Ter acesso à informação e cuidado também.
