Nordeste responde por metade da redução da extrema pobreza no país

IMG_0895.webp

A extrema pobreza no Brasil foi reduzida pela metade após a pandemia, passando de 19,2 milhões de pessoas em 2021 para 9,5 milhões em 2023. Entre os brasileiros que viviam nessa situação, metade eram da região Nordeste. É o que mostra o Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Clique aqui e entre em nosso grupo de Whatsapp!

No estudo, são consideradas extremamente pobres as pessoas que vivem com uma renda domiciliar per capita de até R$ 209 por mês. Isso implica que uma família de quatro membros, por exemplo, teria R$ 836 por mês para cobrir despesas como moradia, alimentação, energia elétrica, transporte e medicamentos. 

O grupo dos pobres inclui aqueles com uma renda domiciliar per capita de até R$ 667 por mês. A distribuição da pobreza no país foi calculada com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Bahia é o Estado nordestino com o maior número de pessoas em extrema pobreza: 1,32 milhão, ou 9,3% da população, de acordo com os dados do estudo e do Censo 2022. 

São consideradas extremamente pobres as pessoas que vivem com uma renda domiciliar per capita de até R$ 209 por mês. Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

Especialistas afirmam que, embora a região seja frequentemente considerada um bloco homogêneo, as diferenças entre os Estados exigem uma agenda de políticas públicas adaptada às realidades locais. No entanto, a maior taxa de extrema pobreza é observada no Maranhão, onde quase 13% da população, ou 879,3 mil pessoas, estão nessa situação. Entre 2021 e 2023, a redução da extrema pobreza variou de 40,4% no Ceará a 56,9% no Rio Grande do Norte.

Os números mostram que os programas de transferência de renda têm impacto forte na pobreza e na extrema pobreza. Houve uma redução significativa no Nordeste, mas ainda é a região que tem mais pobres e extremamente pobres”, pontua o coordenador do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV Ibre e professor de Economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Flávio Ataliba Barreto.

Leia também:Nordeste possui a menor média salarial do Brasil, aponta o IBGE

Deixe uma resposta

scroll to top