No Amazonas, 633 mil pessoas são afetadas pela seca severa

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Neste domingo (22) a Defesa Civil do estado do Amazonas informou que o número de pessoas que são afetadas pela seca severa deste ano chegou a 633 mil. De acordo com o órgão, essa quantidade pertence a 158 mil famílias. Atualmente, a estiagem deixou 59 das 62 cidades do estado, em situação de emergência.

A capital Manaus, vive a pior seca em mais de 120 anos, com o nível do Rio Negro descendo a cada dia, e afetando comunidades urbanas e rurais em todo o município, mas principalmente a vida de comunidades ribeirinhas. No início do mês, Manaus antecipou o encerramento do ano letivo de escolas ribeirinhas, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed).

De acordo com o Porto de Manaus, responsável pela medição, a cota do rio chegou a 13,19 metros, atingindo um novo nível mínimo histórico, agravando mais ainda a situação. A previsão é que ele continue baixando até o início do próximo mês, quando termina o período de estiagem.

Lago Mauá, na Zona Leste de Manaus, em 5 de outubro de 2023 / Foto: Maurício Martins / Rede Amazônica

Com a seca severa, as pessoas sofrem com o abastecimento de água, comida e produtos essenciais, além de dificuldade de acesso a serviços de educação e saúde. O abastecimento de luz também é afetado.

Por isso, na última semana, o Ministério da Saúde enviou ao Amazonas sete kits calamidade, contendo 32 medicamentos e 16 insumos, para atender a 10,5 mil pessoas por até um mês. Além disso, o estado também receberá do ministério uma verba de R$ 225 milhões para reforçar o atendimento de saúd.

Leia também: Manaus encerra ano letivo em escolas ribeirinhas por conta de seca na região

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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