NICHO 54 promove a participação de 7 profissionais negros do Brasil no Festival de Cinema de Berlim

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Sete profissionais negros participaram do European Film Market (EFM), ambiente de mercado que aconteceu entre 15 e 21 de fevereiro durante o Berlinale, Festival Internacional de Cinema de Berlim, na Alemanha. A ação foi viabilizada pelo NICHO 54, instituto que apoia a carreira de pessoas negras em posições de liderança criativa, intelectual e econômica na indústria.

As credenciais distribuídas pela organização do festival ao NICHO 54 fazem parte da iniciativa de diversidade e inclusão do EFM Berlinale para estimular a presença e o intercâmbio de profissionais sub-representados do mundo todo, e é destinada especialmente para organizações parceiras, como o instituto, que participa pela quinta vez do evento. O Instituto é parceiro do EFM desde 2019.

Da esquerda para direita: Diego Paulino, Danielle Valentim, Fernanda Lomba, Rubian Melo, Robson Dias, Myrza Muniz e Lilian Santiago – Foto: Divulgação

Fernanda Lomba cofundadora e diretora executiva do NICHO 54, participou do Toolbox, programa de formação do EFM para produtores, com foco em grupos marginalizados e do sul global.

“Essa viagem reforça o compromisso e o interesse do NICHO 54 com a internalização de profissionais negros do audiovisual brasileiro. Quis conhecer o programa Toolbox mais de perto, visto que nos últimos 3 anos tenho enviado profissionais brasileiros para o programa para garantir curadorias melhores nas próximas edições do programa e seguir nessa parceria com o EFM”, conta Lomba.

Também participou do Toolbox, Lilian Santiago, diretora vencedora do Pitching Show do festival negro de cinema NICHO NOVEMBRO 2023, evento realizado pelo NICHO 54.

“Poder entender como usufruir das inúmeras oportunidades e potencialidades deste mercado foi um divisor de águas para mim. Volto com o ânimo renovado por isso e pela estimulante companhia de cineastas incríveis do mundo todo no Berlinale, particularmente marcada por temas decoloniais e feministas. Isso me enche de esperança quanto ao futuro do cinema e às possibilidades de internacionalização de minha carreira, pois sinto, como nunca, os caminhos abertos para a inserção de narrativas do ponto de vista que sempre me interessaram no cinema mundial”, celebrou Santiago.

Além de Fernanda e Lilian, o NICHO 54 distribuiu outras 5 credenciais gratuitas, oferecidas para Rubian Melo, gestora de negócios e projetos audiovisuais na Saturnema Filmes, Danielle Valentim, fundadora da Maat Produções, Diego Paulino, diretor e roteirista na Reptilia Produções Transmídia, Myrza Muniz e Robson Dias, da Selvática, que também participaram do Pitching Show no ambiente de mercado do Festival NICHO NOVEMBRO 2023.

“Tive a oportunidade de reencontrar parceiros que conheci em laboratórios, festivais, workshops e eventos anteriores, fortalecendo nossas conexões e expandindo nossas produções. Conheci também pessoas e empresas que podem ser interessantes para o desenvolvimento de novos negócios. A oportunidade de apresentar a Bahia para um dos mais importantes mercados de cinema e audiovisual do mundo também foi uma experiência enriquecedora”, conta Rubian Melo, produtora executiva da Saturnema Filmes e participante do programa NICHO Executiva 2023 de mentoria para produtoras executivas negras.

“Além de ter contato com o mercado europeu, a experiência de participar do EFM aprimora e fortalece a carreira dos profissionais brasileiros no cenário de internacionalização. Vemos com clareza o grande potencial de impacto desse movimento na produção audiovisual do Brasil daqui a alguns anos”, reforça Fernanda Lomba.

Sobre o NICHO 54
O NICHO 54 é um instituto que promove equidade racial apoiando a carreira de pessoas negras em posições de liderança criativa, intelectual e econômica na indústria audiovisual.

Fundado em São Paulo e liderado por profissionais negros, desde 2019, o NICHO 54 trabalha dentro e fora do Brasil, pela promoção e valorização dos negros brasileiros no audiovisual por meio de iniciativas de formação, treinamento e partilha de conhecimento; curadoria e (re)construção de imaginários; e de interface com o mercado e os agentes da indústria.

Sua atuação conta com a realização de mostras e festivais de cinema, como o Festival NICHO Novembro, concepção de cursos livres de curta duração e programas de mentoria de longa duração, como o NICHO Executiva, além de pesquisa, promoção de desapagamento do trabalho e preservação do patrimônio material e imaterial de pessoas negras, por meio dos programas Cinemateca Negra e do Memória NICHO.

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