Justiça condena Neto e Band a pagarem R$ 500 mil por acusação de racismo contra Jorge Sampaoli

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Nesta quarta-feira (08), o ex-jogador e apresentador Neto e a TV Bandeirantes foram condenados pela justiça de São Paulo a pagar R$ 500 mil por danos morais ao técnico Jorge Sampaoli, ex-treinador do Santos e do Flamengo, por acusá-lo de racismo. Segundo a decisão do juiz Cassio Pereira Brisola, da 1ª Vara Cívil de Pinheiros, a acusação foi feita sem provas.

Durante o programa “Baita Amigos”, exibido no dia 17 de abril deste ano, e no programa “Os Donos da Bola” no dia 18 do mesmo mês, Neto acusou Sampaoli de ter sido racista com Arzul, o preparador de goleiros do Santos.

“Ele (Sampaoli) foi racista no Santos, nunca cumprimentou ninguém, nunca falou português. Esse baixinho, idiota. Isso aí é uma vergonha, pinto pequeno, não sabe nada de bola. É uma vergonha o Flamengo contratar um cara desse”, afirmou o ex-jogador.

Ex-jogador e apresentador Neto (na esquerda) e o ex-técnico do Flamengo Jorge Sampaoli (na direita) /Foto: Divulgação /Gilvan de Souza/Flamengo

Durante o outro programa, o apresentador expôs as supostas atitudes do argentino. “Um cara que trata mal o Arzul, que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém“, disse ele

Segundo o juiz responsável pelo caso, o ex-jogador e a Band extrapolaram o limite da liberdade de expressão, e deu ganho de causa ao treinador.

“A gravidade do ato ilícito contra a honra da parte autora decorre da audiência do programa do primeiro requerido, bem como da reputação da segunda requerida no meio televisivo, o que levou o fato mentiroso ao conhecimento de pessoas, que podem ter acreditado nele em razão da credibilidade da segunda requerida”, afirmou o magistrado na decisão .

O juiz determinou que Neto faça uma  retratação dizendo que o ex-técnico do Santos não praticou ato racista quando era técnico da equipe.

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