Netflix desativa comentários do trailer de “Cleópatra” após reação racista do público

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A nova série documental da Netflix, “Rainha Cleópatra”, está causando polêmica nas redes sociais por conta da representação da última faraó do Egito como uma mulher negra. O trailer da produção recebeu críticas e a plataforma de streaming removeu a opção de comentários após as reações.

A série conta com um elenco estrelado, incluindo Adele James, Craig Russell e Jada Pinkett Smith, que também é produtora executiva,. A produção tem por objetivo explorar a vida das icônicas rainhas africanas e reavaliar a herança de Cleópatra, tema de muito debate acadêmico.

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Série documental da Netflix causa polêmica. Foto: Divulgação/Netflix

No entanto, a representação de Cleópatra como negra levou a acusações de blackwashing da figura histórica, já que a rainha é conhecida por ter sido de origem grega-macedônia.

A série gerou agitação na internet, com uma petição no Change.org pedindo seu cancelamento por “falsificar a história”. A petição, que alcançou mais de 85.000 assinaturas em apenas dois dias, foi removida.

Assista o trailer:

Três anos atrás, os planos para um filme sobre Cleópatra estrelado pela atriz israelense Gal Gadot desencadearam um acalorado debate nas redes sociais, com algumas pessoas insistindo que o papel deveria ir para uma atriz árabe ou africana.

Gadot defendeu depois a escolha do elenco, dizendo: “Estávamos procurando uma atriz macedônia que pudesse ser Cleópatra. Não encontramos, e eu era muito apaixonada por Cleópatra.”

Quem foi Cleópatra

Cleópatra nasceu na cidade egípcia de Alexandria em 69 a.C. e se tornou a última rainha de uma dinastia de língua grega fundada por Ptolomeu, general macedônio de Alexandre, o Grande.

Ela sucedeu seu pai Ptolomeu 12 em 51 a.C. e governou até sua morte em 30 a.C. Depois disso, o Egito caiu sob domínio romano.

A identidade da mãe de Cleópatra é desconhecida, e os historiadores dizem que é possível que ela, ou qualquer outra ancestral feminina, fosse uma indígena egípcia ou de outra parte da África.

Jerson Pita

Jerson Pita

Jornalista, marqueteiro, pesquisador e periférico. Cria de Duque de Caxias, escreve sobre entretenimento, sociedade e esportes. No mestrado, pesquisa a autoridade jornalística e a migração da mídia tradicional para o Youtube.

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