“Não tem como escapar”, afirma Joaquim Barbosa sobre racismo no Brasil 

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Brasilia - O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, abre Ano Judiciário 2014 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Durante entrevista para o programa “Conversa com Bial”, do jornalista Pedro Bial, o ex-presidente e ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa falou sobre as dificuldades que enfrentou na carreira e também como opera o racismo no país, mesmo tendo ocupado cargo de prestígio. “Qualquer negro no Brasil que ingresse de uma maneira ou de outra num espaço que supostamente, no imaginário do brasileiro, é reservado aos brancos, vai sofrer racismo, e de diversas maneiras, não tem como escapar.”, afirma. Na mesma entrevista, Barbosa definiu que “o país está numa letargia social e num conservadorismo insuportável”. 

Brasilia – O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, abre Ano Judiciário 2014 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Barbosa atuou como ministro do Supremo de 2003 a 2014, presidindo o STF de 2012 até 2014 e ganhando destaque internacional em 2013, sendo eleito pela Revisa Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Ele se filiou ao PSB em 2018 e permaneceu no partido até este ano. Barbosa atualmente mantém conversas com empresários, economistas e políticos para avaliar uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto. 

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Ainda sem sigla, ele é cobiçado pelo PSD e o União Brasil, fusão do Democratas com o PSL. Em recente entrevista ao Estadão, o ex-presidente do STF considerou como uma “jogada de mestre” uma chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin. “Esse jogo está longe de estar definido, como os analistas estão dizendo. Tem que observar, ver o que vai acontecer ainda. É preciso esperar o começo da campanha de verdade.”, disse. 

Já apoiadores de uma candidatura de Joaquim Barbosa apostam na capacidade dele de atrair votos na esquerda e na direita, além de representar temas latentes como o combate ao racismo. Eles lembram o fato de que, mesmo sem se lançar candidato, ele chegou a aparecer com 10% das intenções de voto em 2018. 

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