Mulheres negras são as principais vítimas de preconceito no Rio de Janeiro, aponta levantamento

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Segundo o levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, divulgado neste domingo (21), as mulheres negras são as principais vítimas de preconceito na capital carioca. O relatório foi divulgado no dia em que se comemora o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, e mostra que a cidade registrou mais de 2 mil queixas de episódios envolvendo preconceito, em 2023.

Segundo a análise feita entre janeiro e dezembro de 2023, a Polícia Civil registrou 34 casos de ultraje a culto, que é determinado “ridicularização pública, impedimento ou perturbação de cerimônia religiosa”. A injúria por preconceito, que é o ato de discriminar um indivíduo em razão da raça, cor, etnia, religião ou origem, tiveram 2.021 episódios no último ano.

A Polícia Civil também registrou 890 casos de preconceito por raça, cor, religião, etnia e procedência nacional. A maior parte de todos os casos de preconceito, atingiram mulheres negras, principalmente na Zona Oeste da cidade.

Os dados foram colhidos pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio /Foto: Freepik

Os casos podem ser registrados em qualquer delegacia, no entando, há uma unidade especializada, chamada Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funciona na Rua do Lavradio, nº 155, no Centro do Rio. Além disso, também é possível fazer a denúncia online pela Delegacia Online da Secretaria de Estado de Polícia Civil.

De acordo com a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, é muito importante denunciar tais ocorrências.

“Esses dados são fundamentais para que a sociedade saiba que intolerância religiosa e preconceito são crimes que devem ser denunciados. Sabemos que esses números são subnotificados e muitas vezes por falta de informação, mas o estado do Rio possui a Decradi, uma delegacia especializada para os registros desses crimes. É importante que todos lembrem que a Constituição Federal assegura o livre exercício de todos os cultos religiosos”, afirmou para o g1.

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