Mbappé é alvo de ofensas transfóbicas e racistas na internet

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Com os dois gols marcados na vitória de 3 a 1 sobre a Polônia, nas oitavas de final, o francês Kylian Mbappé assumiu a artilharia isolada da Copa do Mundo de 2022, com cinco gols. O nome do jogador poderia estar circulando no mundo apenas por este fato, mas não é o que acontece. O principal jogador da seleção francesa virou alvo de ofensas racistas e transfóbicas durante a competição.

O atleta do PSG vem sofrendo ataques nas redes sociais e até mesmo em programas de TV, ao vivo, com ofensas racistas e transfóbicas, que citam a origem e o relacionamento do jogador com a modelo e ativista francesa Ines Rau.

Em uma transmissão da emissora argentina “TyC Sports”, um grupo de torcedores no país entoava um cântico que exalava frases discriminatórias a Mbappé:

Eles jogam na França mas são todos de Angola. Que lindo vão correr, comem travestis como o p**** do Mbappé. Sua velha é nigeriana, seu velho é camaronês, mas no documento é naturalizado francês”, diz trecho da música, em caso aberto de racismo e xenofobia. O vídeo viralizou em mensagens de indignação nas redes.

Mbappé e Ines Rau foram vistos juntos pela primeira vez em maio deste ano no festival Cannes. Em agosto deste ano foram fotografados em clima descontraído a bordo de um iate na França. Nesse contexto, os rumores de relacionamento se intensificaram.

Ainda não há um comunicado oficial, apesar disso os jornais franceses estão comentando sobre o relacionamento entre as duas pessoas. Mbappé é conhecido por manter sua vida privada discreta, de modo que sua última namorada conhecida foi a atriz francesa Emma Smet, embora nunca tornou público seu relacionamento com ela.

A modelo e atriz Ines Rau nasceu na França, aos 16 anos passou por uma cirurgia de redesignação sexual, ela ficou conhecida por ter sido a primeira mulher trans que posou para uma edição da revista Playboy. 

Em sua autobiografia intitulada de Femme (em tradução livre Mulher), no qual ela conta a historia da sua transição, a modelo destaca pontos importantes sobre suas descobertas, medos e empoderamento. 

Eu vivi muito tempo sem falar que era uma pessoa trans. Eu namorei muito e quase esqueci. Eu tinha medo de nunca achar um namorado e ser vista como estranha. Aí eu pensei: ‘Você precisa apenas ser você mesma’. É uma salvação falar sobre sua própria verdade, seja seu gênero, sexualidade, o que for”, escreveu Ines. 

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