Livro de Maya Angelou “Não trocaria minha jornada por nada” chega ao Brasil

Maya-Angelou-colors.jpg

Maya Angelou, the American poet and author, who died at her home in Winston-Salem, North Carolina (today) Wednesday , pictured here on a visit to Troon , Scotland in 1996 Angelou is perhaps best known for her 1969 memoir I Know Why the Caged Bird Sings. Pic © Wattie Cheung……………..28/5/14 Copyright © Wattie Cheung , First Use Only ,Editorial Use Only, All reproduction fees payable, No Internet Use,No Syndication , No Archiving

Referência na luta pelos direitos de pessoas negras e contra a misoginia nos Estados Unidos, Maya Angelou teve uma vida pautada por grandes desafios e feitos notáveis, e deixou um legado de inspiração para pessoas negras, que podem ser encontrados em uma série de livros publicados pela autora. A obra literária inédita “Não trocaria minha jornada por nada” está entre eles.

O livro chegou ao Brasil pela primeira vez na última sexta-feira (30) pela editora Nova Fronteira. Nele a escritora e ativista norte-americana compartilha suas vivências e valiosos ensinamentos, com o prefácio da edição assinado pela escritora Vilma Piedade. “Maya tece sua escrita imprimindo sabedoria, amor, amabilidade, comunhão, fé, e ainda compartilha testemunhos autobiográficos com franca generosidade”, escreveu.

Maya Angelou (1928-2014) é um pseudônimo de Marguerite Ann Johnson /Foto: Divulgação

Nos breves ensaios reunidos no livro de 112 páginas, Maya Angelou apresenta seu olhar atento, corajoso e sábio sobre assuntos que vão desde o racismo e a solidão da mulher negra, até o luto, o poder das palavras, a fé e a necessidade fundamental se conhecer para se autoafirmar no mundo. 

Em um tom narrativo mais pessoal e sensível, a obra da autora que sobreviveu a uma série de violências físicas e psicológicas na infância, expõe reflexões que fomentam um sentimento de orgulho e pertencimento, e um senso de coletividade e ancestralidade. Após anos sem conseguir falar por conta das violências que sofreu, a ativista encontrou na luta e nos livros, a possibilidade de ampliar sua voz.

Capa do livro da escritora e ativista norte-americana /Foto: Divulgação

Lutou pelo fim da segregação racial em seu país ao lado de seus amigos Martin Luther King Jr. e Malcolm X, além de ter participado de missões humanitárias, e atuado no cinema, na TV e no teatro. Uma artista que viveu até 2014, quando faleceu aos 86 anos.

Com uma sensibilidade ímpar, Maya promove uma reconexão com a essência de cada um e traz importantes lições para se viver com autenticidade e sabedoria nesta obra que foi traduzida por Julia Romeu.

Leia também: Museu de Arte do Rio abre sábado mostra sobre Carolina de Jesus

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top