Camarões é o primeiro país a lançar campanha de vacinação contra a malária

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Camarões iniciou uma campanha de vacinação de combate à malária, se tornando o primeiro país do mundo a impulsionar uma ação nacional contra a febre intermitente. Doença infecciosa febril, aguda e grave.

Ela é  transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium. Além disso, também pode ser disseminada por compartilhamento de seringas, transfusões de sangue ou até mesmo da mãe para o feto, na gravidez.

Camarões lança campanha de vacinação de combate à malária – Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

O imunizante RTS,S/A01 ou ( Mosquirix), desenvolvido pela GlaxoSmithKline (GSK), foi incluído nos serviços de imunização. De acordo com os estudos realizados em três países africanos em 2019,  mostraram  que um esquema de quatro doses para crianças com 5 meses de idade, levou a uma redução de 13 % na mortalidade de crianças. A vacinação é indicada aos bebês de seis meses .

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a malária continua sendo a principal causa de mortalidade infantil na África Subsaariana. Inclusive, mais de 260 mil crianças africanas com menos de cinco anos morrem anualmente por conta desta enfermidade.

Segundo a OMS,  outros noves países africanos devem lançar a imunização ainda este ano. Além do mais, Camarões recebeu aproximadamente 300 mil doses para essa ação nacional, em dezembro de 2023, e deve receber mais imunizantes ao longo deste ano.

A vacina Mosquirix é baseada em proteína recombinante que tem como alvo o protozoário  Plasmodium falciparum, antes que ele afete os glóbulos vermelhos. Aliás, a Mosquirix tornou-se o primeiro imunizador a receber recomendação dessa entidade de saúde  em 2021.

No entanto, vale ressaltar que, essa vacina não deve ser útil para o Brasil, pois ela foi desenvolvida para combater a ação do Plasmodium falciparum , que é o principal causador da malária pelo mundo. Contudo,  no Brasil, a maior parte das infecções  (84,2%), são decorrentes do  Plasmodium vivax. Por outro lado, já existem grupos no nosso país realizando pesquisas para desenvolver um imunizante nacional  para a malária.

Sintomas

Após a picada do mosquito transmissor, o parasita permanece incubado no corpo humano por pelo menos uma semana. Logo depois, surge  um quadro clínico que na maioria das vezes é variado, na qual inclui calafrios , febre alta, sudorese e dor de cabeça.

Em outros casos, na infecção pelo protozoário Plasmodium falciparum, também existe a chance de desenvolver a chamada malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais. Portanto, as entidades de saúde recomendam aos indivíduos que estão com suspeita da doença, irem ao posto de saúde mais próximo, para terem um diagnóstico mais preciso e para iniciar logo um tratamento especializado. Aliás, o tratamento imediato é fundamental para prevenir as complicações.

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Aline Rocha

Aline Rocha

Aline Rocha é Graduada em Licenciatura em Linguagens e Códigos- Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduada em Linguagens, Suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho pela Universidade Federal do Piauí. É integrante do grupo de pesquisas: GEPEFop LAPESB- Laboratório de pesquisa Pierre Bourdieu: Análise sobre a prática pedagógica.Atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na qual ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 6º ano e 9º ano, tanto na modalidade regular como na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre 2018 a 2020. Atuou como bolsista Capes no Programa Residência Pedagógica, em que ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 9º ano, 1º ano e 3º ano do Ensino Médio, entre 2020 a 2022. Atuou como monitora voluntária na disciplina de Linguística Textual, na turma 2018, do curso de Linguagens e Códigos-Língua portuguesa, na Universidade Federal do Maranhão. Atualmente é Professora da Educação Básica e pesquisadora Antirracista.

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