Lélia Gonzalez é homenageada com Doodle pelo Google

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A brasileira, ativista e pesquisadora, Lélia Gonzalez, recebeu homenagem do Google ao se tornar Doodle neste sábado (1), data que completaria 85 anos. Através da imagem que aparece no buscador mais acessado no mundo, Google, os usuários também tiveram acesso a uma breve apresentação de quem é Lélia Gonzalez. O Doodle é usado para lembrar conquistas e figuras históricas notáveis.

Lélia Gonzales, nasceu em 1º de fevereiro de 1935, em Minas Gerais. Filha do negro Accacio Serafim d’ Almeida com a indígena Orcinda Serafim d’ Almeida Lélia de Almeida González, Lélia foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado contra Discriminação e o Racismo (MNUCDR), atualmente Movimento Negro Unificado (MNU), a principal organização de luta dos negros no Brasil, além de ter integrado a Assessoria Política do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras. A ativista também foi responsável por auxiliar na fundação do Grupo Nzinga, coletivo de mulheres negras e integrou o conselho consultivo da Diretoria do Departamento Feminino do Granes Quilombo.

A militante, graduou em História e Filosofia, exercendo a função de professora da rede pública. Com Mestrado em Comunicação Social e Doutorado em Antropologia Política/ Social, em São Paulo (SP), Lélia Gonzalez se dedicou às pesquisas sobre a temática de gênero e etnia. Faleceu, vítima de problemas cardíacos, no Rio de Janeiro, dia 10 julho de 1994.

Lélia Gonzalez. Foto: Januário Garcia – EPARREI, SP, 2003.

O livro “Primavera Para as Rosas Negras”, publicado em agosto de 2018, traz uma compilação de artigos, textos e depoimentos de Lélia Gonzalez e, ainda possui entrevistas com pessoas que conviveram com a pesquisadora. Com organização da União dos Coletivos Pan-Afrikanos de São Paulo, o volume conta com uma apresentação de Akins Kintê e introdução de Raquel Barreto, doutoranda em história pela Universidade Federal Fluminense (UFF). As entrevistas inéditas com Lélia, feitas por Elizabeth Viana, mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e por Milton Barbosa, militante do Movimento Negro Unificado (MNU) de São Paulo, também fazem parte da obra.

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