Após oito meses preso, deve deixar o sistema penitenciário na manhã desta quarta-feira (29) o modelo Bruno Krupp, réu por atropelar e matar o jovem negro, João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O Superior Tribunal de Justiça substituiu o mandado de prisão preventiva por medidas cautelares.
O Superior Tribunal de Justiça aceitou um habeas corpus da defesa de Krupp e concedeu liberdade provisória a ele na segunda-feira (27).
O ministro Rogério Schietti Cruz alegou que não ter motivos para manter a prisão preventiva de Krupp ressaltando que ele é réu primário e portador de bons antecedentes. Segundo o juíz, a revogação do mandado de prisão não altera o curso do processo. O alvará de soltura foi expedido pelo juiz Gustavo Gomes Kalil.
Krupp deverá comparecer mensalmente em juízo, entregar o passaporte às autoridades e não poderá mais dirigir. Caso ele descumpra as medidas cautelares Krupp poderá voltar para a prisão.
LEIA TAMBÉM: “Muita fé e remédios”: diz mãe de João Gabriel, atropelado por Bruno Krupp
“Recebo a denúncia e, quanto ao pedido de relaxamento da prisão, ante o oferecimento da denúncia, fica prejudicado. Destaco ainda que, conforme informado pela Seap, quanto ao estado de saúde, o acusado está “melhor que no início da internação”. Assim, nada indica risco de vida que justifique a revogação da prisão.Por todos esses motivos, indefiro os pleitos libertários e mantenho a prisão preventiva“, disse o magistrado em sua decisão.
O modelo é réu confesso. Em novembro do ano passado, durante a primeira audiência de instrução e julgamento do processo, Bruno confessou que pilotava a moto a mais de 100 quilômetros por hora quando atropelou e matou João Gabriel, em julho de 2022. A velocidade máxima da via é de 60 quilômetros por hora. Krupp disse que bateu em João quando o adolescente correu para tentar escapar de ser atropelado.