Diferentemente da provisória, a prisão preventiva não possui um tempo determinado para soltura dos acusados
Na última segunda-feira (16), o Ministério Público de São Paulo denunciou David de Oliveira Fernandes e Valdir Bispo dos Santos por tortura, cárcere privado e divulgação de cenas de nudez – já que a agressão foi gravada e amplamente divulgada na internet. Os seguranças já estão presos temporariamente, pois a Justiça considera que eles poderiam fugir.
O caso
De acordo com o jovem torturado, o fato aconteceu em agosto. A vítima, que aparece nas imagens nua, sendo chicoteada enquanto está amarrada e amordaçada, foi levada a uma sala reservada do supermercado da rede Ricoy, em São Paulo, após ser acusado de furtar uma barra de chocolate. Ali, começaram as agressões. O vídeo correu pelas redes sociais e chocou o Brasil e o mundo.
A investigação está sendo feita pela equipe do delegado Pedro Luiz de Sousa, do 80º Distrito Policial, em Vila Joaniza. Em nota, a rede de supermercados alegou que “não compactua com nenhum tipo de ilegalidade e colaborará com as autoridades competentes envolvidas na apuração do caso, a fim de tomar as providências cabíveis”.
Reações
No último dia 7 de setembro, aproximadamente mil pessoas manifestaram na frente do supermercado, na zona sul de São Paulo, contra a tortura e o genocídio de pessoas negras. O mercado fechou as portas às 13 horas, logo após o início dos protestos.