Jogadoras do Corinthians se pronunciam em relação a contratação de Cuca

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Todas as jogadoras do time feminino do Corinthians emitiram uma declaração através das redes sociais em apoio ao movimento “Respeita as Minas”, uma das principais bandeiras do clube em prol da igualdade de gênero.

A mensagem foi publicada durante a partida do time masculino contra o Goiás, no qual o novo técnico Cuca estreou com uma derrota por 3 a 1. Na declaração, as jogadoras ressaltaram a importância do comprometimento em promover a igualdade de direitos e do estado de espírito que a frase “Respeita as Minas” representa.

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Jogadoras e comissão técnica se posicionaram sobre contratação de Cuca. Foto: Rodrigo Gazzanel/Corinthians feminino

“Como parte de um clube democrático, temos a possibilidade de usar nossa voz, seja publicamente ou nos bastidores. ‘Respeita as Minas’ não é uma frase vazia, é um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians é lutar por direitos todos os dias”, afirmaram as jogadoras em trechos da nota divulgada por Tamires, Gabi Zanotti e todas as outras atletas.

A publicação da mensagem teve ampla repercussão entre os torcedores do Corinthians e também foi compartilhada pelo técnico Arthur Elias, que já se posicionou publicamente em defesa da luta feminista, como quando se manifestou sobre a acusação de estupro contra Daniel Alves.

Enquanto isso, a contratação do técnico Cuca, que foi condenado em um caso de violência sexual na Suíça em 1987, ao lado de outros três jogadores quando era do Grêmio, causou protestos de torcedoras do Corinthians. O presidente Duílio Monteiro Alves optou por escolher Cuca, apesar das críticas.

Durante a apresentação na sala de imprensa, Cuca se defendeu e afirmou que não é um agressor sexual, não tocou na garota — que na época tinha apenas 13 anos — e que foi condenado à revelia por estar no Brasil. O Corinthians, por sua vez, afirma que pesquisou o caso antes de fazer a contratação e acredita na inocência do treinador.

Jerson Pita

Jerson Pita

Jornalista, marqueteiro, pesquisador e periférico. Cria de Duque de Caxias, escreve sobre entretenimento, sociedade e esportes. No mestrado, pesquisa a autoridade jornalística e a migração da mídia tradicional para o Youtube.

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