“Racismo é uma coisa que não conseguimos mais admitir”, diz Janja da Silva

Janja

Em entrevista ao Fantástico neste domingo (13), a futura primeira-dama do Brasil,  a paranaense Rosângela Lula da Silva, a Janja, pontuou em diferentes momentos a questão racial. Quando questionada pelas apresentados Poliana Britas e Maju Coutinho sobre quais pautas seriam as suas prioridades Janja foi precisa: violência contra mulher, alimentação e racismo.

“Talvez eu queira ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama para as mulheres, para as pessoas, para as famílias de uma forma geral. Um papel mais de articulação com a sociedade civil. (O tema) Violência contra as mulheres, eu quero atuar bastante nisso, fazer essa discussão com a sociedade. Alimentação também e racismo, que é uma coisa que não conseguimos mais admitir na sociedade”.declarou Janja

A futura primeira-dama, que é socióloga e filiada ao PT desde 17 anos, também comentou sobre o que ela e Lula sabem sobre racismo: “Estamos aprendendo muito. Temos feitos algumas reflexões juntos sobre isso”.

Janja Lula

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Durante a campanha de Lula à presidência Janja sofreu diversos ataques, incluindo intolerância religiosa. Em apenas duas semanas, Janja da Silva recebeu ao menos 799 ataques, segundo os dados do MonitorA, observatório de violência política online desenvolvido por Revista AzMina, InternetLab e Núcleo Jornalismo.

“Ter sido atacada por conta disso (associação às religiões de matriz africana) não me diminui, pelo contrário, ser ligada à uma religião de matriz africana só me dá orgulho. Eu sou aquela pessoa que se emociona com louvor e também com tambores.

A futura primeira-dama também falou sobre a importância de trabalhar contra o ódio político e a polarização que marcou a campanha. “As instituições da sociedade civil tem o papel de fazer também esse diálogo com pessoas que não votaram na gente”, avaliou ela.

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