O Governo Federal exonerou, nesta terça-feira (16), Wilson César de Lira Santos (PP-AL) do cargo de superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Alagoas, após cobranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele é primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A demissão de Lira Santos saiu no Diário Oficial e ele ocupava o cargo desde 2017, no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). A exoneração foi assinada pelo presidente do Incra, Cesar Aldrighi. Também foi exonerada Andressa Torres, que ocupava o cargo de substituta, nomeando José Ubiratan Rezende Santana para a Superintendência Regional da autarquia.
O nome do engenheiro agrônomo foi indicado pelo MST. Durante o “Abril Vermelho” do ano passado, integrantes do movimento invadiram o prédio do Incra, em Maceió, para reivindicar a exoneração de Lira Santos.
A exoneração também se dá durante a crise entre o presidente da Câmara e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os dois cortaram relações no início deste ano, após divergências sobre o repasse de emendas parlamentares do Ministério da Saúde. No início deste mês, Lira fez duras críticas sobre Padilha, chamando de “incompetente”, durante uma feira em Londrina (PR).
“Essa notícia hoje que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu”.
No domingo (14.), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse ter avisado por telefone Lira ainda no domingo sobre a necessidade da troca no comando do Incra de Alagoas. A demissão se dá em um contexto de tensão entre Lira e o governo Lula.
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