Governo de transição é formado majoritariamente por homens, brancos, paulistas e filiados ao PT

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Dos mais de 300 integrantes nomeados para o grupo de transição do governo do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT) a maioria é de homem, branco, petista e paulista.

O grupo de transição é predominantemente sudestino, com pelo menos 144 integrantes (48%) desta região. O Nordeste, região que teve um papel fundamental na eleição de Lula, vem logo depois, com 57 nomes (19%). Puxada por Brasília, a região Centro-Oeste abriga 39 escolhidos (13%), seguida pelo Sul, com 33 (11%). O cálculo foi feito pelo Estadão e adotou como critério onde a pessoa vive, e não onde nasceu.

Mesmo sendo majoritariamente masculino, branco e sudestino o governo de transição do futuro presidente ainda é bem diferente e contrasta com a primeira formação da Esplanada sob Jair Bolsonaro. Em dezembro de 2018, Bolsonaro anunciou o ministério sem nenhum nordestino.

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O grupo de transição é predominantemente sudestino

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São Paulo é o Estado que possui mais assentos no grupo de transição, com 94 nomes. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 33 representantes; o Distrito Federal, com 29, e a Bahia, com 18. O Paraná tem 17 indicados, assim como Pernambuco. Os números foram tabulados pelo Estadão na última sexta-feira (18) , antes da publicação do Diário Oficial que trouxe outros 18 nomeados. Hoje com 318 membros, a equipe cresce diariamente e ainda não está concluída.

A lei que criou o gabinete de transição no governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002, e um decreto de 2010 preveem apenas 50 cargos remunerados. Atualmente, a maioria dos integrantes da equipe é formada por voluntários. 

Ao longo dos últimos dias, os anúncios de novos nomes para a transição de governo foram acompanhados de cobranças do movimento negro e de representantes indígenas, que reivindicam protagonismo após quatro anos de gestão Bolsonaro. Grupos que deram as cartas no período de Bolsonaro, por sua vez, estão praticamente excluídos do gabinete: não há, por enquanto, nenhum militar entre os convocados e os evangélicos têm apenas um representante.

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