SSP afirma que governo vai fortalecer sua autoridade na área Yanomami

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O secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, declarou que o governo federal vai fortalecer sua autoridade na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, após um novo corpo — de uma mulher — ter sido descoberto na região no último sábado (6). No local, que fica próximo de uma área de garimpo, foram encontrados outros oito corpos durante a semana.

Com a operação de retirada do garimpo ilegal do território, comandada pelo governo federal, a violência começou a crescer na região, com o registro inclusive de três yanomamis baleados na semana anterior, um deles indo a óbito. Por conta disso, o secretário afirmou à Folha de São Paulo que o o Ministério da Justiça está se empenhando para controlar a situação.

Yanomami
Território Indígena Yanomami, em Roraima.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Vamos intensificar essas medidas contra os recalcitrantes. O Estado vai afirmar a sua autoridade e os que desafiam a lei vão sentir o peso da sua mão firme”, disse Tadeu Alencar, que destacou as principais medidas tomadas pela pasta, e os números da operação até o momento.

“Já foram inutilizadas 70 balsas, 8 aeronaves, 12 aeronaves e 169 motores. A operação contábil ainda 43 presos e 40 mandados de busca e apreensão entre outras formas de estrangular o negócio e prender os seus responsáveis, com a instauração de 35 inquéritos fiscalizados e 11 notícias-crime”, diz o secretário.

Desde o final do último mês foram registrados cerca de 14 óbitos violentos na região, por isso, de acordo com o secretário em entrevista à Folha de São Paulo, o governo aumentou em 20% o contingente da Força Nacional na área.

“Estamos fortalecendo a presença da Força Nacional na região e fortalecendo a nossa presença como um todo. Reforçando as bases da Funai em Palimiú, Walopali e Serra da Estrutura e reforçando o efetivo em Uxiú, onde os indígenas foram atacados e onde foram encontrados os nove corpos”, afirmou o secretário

Leia também: Yanomami morre baleado por garimpeiros em comunidade indígena

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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