Em anúncio feito nesta quinta-feira (07), a Força Aérea dos Estados Unidos comunicou que vetará o direito à aposentadoria antecipada para militares transgênero que tiveram entre 15 e 18 anos de carreira. Na prática, a decisão busca forçar que esses militares sejam afastados sem receber quaisquer benefícios ou rendimentos, visto que a única solução oferecida pelo governo que oferece alguma remuneração, se trata de uma indenização única em valores que são praticados para as tropas juniores.
As tropas teriam até o dia 6 de junho para se identificar voluntariamente, já os combatentes que atuam na guarda nacional, bem como os soldados da reserva, poderiam fazer o procedimento até o dia 7 de julho. Estima-se que pelo menos 15 mil pessoas foram impactadas pelas ações.

A intervenção é um desdobramento de um decreto assinado pelo presidente Donald Trump em seu retorno à Casa Branca, em janeiro deste ano; de acordo com a manifestação do mandatário na decisão, “ um homem que se identifica como mulher não era consistente com a humildade e a abnegação exigidas de um membro do serviço”, posteriormente, o pentágono anunciou que passaria a não incentivar a afirmação de gênero no setor. Outra ação contrária aos militares transgênero veio da Suprema Corte americana, que em maio, passou a permitir que soldados trans sejam banidos do serviço.
Na época, em uma escalada de represálias do governo Trump, frente aos militares trans, o departamento de defesa corroborou com a sinalização do presidente sob a justificativa de que o alistamento de pessoas transgênero seria contrária a política do governo dos Estados Unidos de estabelecer altos padrões de prontidão letalidade, honestidade e outros atributos e afirmou também que era inconsistente com questões médicas envolvendo saúde mental e cirúrgicas.
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