Nesta quinta-feira (25), será lançado o filme ”Judas e o Messias Negro”. O filme dirigido por Shaka King e produzido por Ryan Coogle, o mesmo diretor de ”Pantera Negra”, contará a trajetória do ativista revolucionário afro-americano Fred Hampton, que foi um dos principais integrantes do Partido dos Panteras Negras. Ele chegou a liderar o grupo no estado de Illinois. O papel do ativista será interpretado pelo ator indicado ao oscar Daniel Kaluuya, de ”Corra! e Pantera Negra”.
Inspirado em uma história real, a trama discute temas como representatividade, racismo e desigualdades sociais. No elenco, conta com a participação de renomados nomes como LaKeith Stanfield (“Atlanta”, “Millennium: A Garota na Teia de Aranha”) como William O ‘Neal. Também estrelam no filme, Dominique Fishback (“O Ódio que Você Semeia”, “The Deuce”) e Ashton Sanders (“O Protetor 2”, “Moonlight: Sob a Luz do Luar”).
Em entrevista ao G1, RyanCoogle disse que é amigo do diretor (Shaka King) há muitos anos, quando se conheceram no Festival de Sundance. Na época, ele estava lançando seu primeiro filme, “Fruitvale Station – A Última Parada”. Logo após terminar “Pantera Negra”, Coogler foi procurado por King para ajudá-lo a produzir “Judas e o Messias Negro”.
“Quando ele me trouxe o projeto, mexeu comigo o fato de que William O’Neal estava envolvido no assassinato do Fred”, afirmou Coogler, citando o criminoso e informante do FBI.
“Nós queríamos fazer da maneira certa. O fato é que esse crime, esse assassinato afetou pessoas reais até hoje. Não foi há tanto tempo atrás assim. Então a grande questão foi: como navegar com equilíbrio na seara do entretenimento, ao mesmo tempo em que tivemos que lidar com fatos reais?”, questionou.
Conheça a sinopse:
“O presidente Fred Hampton tinha 21 anos quando foi assassinado pelo FBI, que coagiu um pequeno criminoso chamado William O’Neal para ajudá-los a silenciar Hampton e o Partido dos Panteras Negras. Mas eles não conseguiram matar o legado de Fred Hampton e, 50 anos depois, suas palavras ainda ecoam… mais alto do que nunca.
Eu sou um revolucionário!
Em 1968, um jovem ativista carismático chamado Fred Hampton tornou-se presidente da filial de Illinois dos Panteras Negras, que lutavam pela liberdade, o poder de determinar o destino da comunidade negra e o fim da brutalidade policial e do massacre de pessoas negras.
O presidente Fred estava inspirando uma geração a se levantar e não ceder à opressão, o que o colocou diretamente na linha de fogo do governo, do FBI e da polícia de Chicago. Mas para destruir a revolução, eles tiveram que fazer isso por fora…e por dentro. Diante da prisão, William O’Neal recebe uma proposta de acordo do FBI: se ele se infiltrar nos Panteras Negras e fornecer informações sobre Hampton, ele ficará livre. O’Neal aceita o acordo.
Agora, um companheiro de luta para os Panteras Negras, O’Neal vive com medo de que sua traição seja descoberta, mesmo quando ele ascende nos Panteras Negras. Mas, à medida que a mensagem ardente de Hampton o atrai, O’Neal não pode escapar da trajetória mortal de sua traição final.
Embora sua vida tenha sido interrompida, o impacto de Fred Hampton continuou a reverberar. O governo viu os Panteras Negras como uma ameaça militante ao status quo e vendeu essa mentira a um público assustado em um momento de crescente agitação civil. Mas a percepção dos Panteras não correspondia à realidade. Nas cidades do interior dos Estados Unidos, eles ofereciam café da manhã gratuito para crianças, serviços jurídicos, clínicas médicas e pesquisas sobre anemia falciforme e educação política. E foi o presidente Fred de Chicago que, reconhecendo o poder da unidade multicultural por uma causa comum, criou a Coalizão Arco-Íris – unindo forças com outros povos oprimidos da cidade para lutar por igualdade e empoderamento político.”
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