Festival Agbado celebra o milho e a diversidade cultural como combate ao racismo religioso, no Rio

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No dia do padroeiro do Rio acontecerá evento enaltecendo manifestações tradicionais e a valorização da cultura e religiões afro brasileira 

Neste sábado (20), o Rio de Janeiro será a capital do milho e da diversidade religiosa. Das 10h às 19h, o Museu da República, no Catete, receberá o Festival Agbado, organizado pelo coletivo de matriarcado afrodiaspórico Afrikerança. O evento é uma celebração ao alimento que tem papel fundamental para alimentação e sustento em África. O evento contará com festival culinário, feira de artesanato, palestras, exposições e oficinas, tendo o milho como protagonista. A entrada é gratuita.

O Festival Agbado será um espaço democrático, inclusivo, fomentador e  motivador das religiões e cultura de matrizes africanas, onde governos, empresas e sociedade civil possam contribuir para o fortalecimento da cidadania e Direitos Humanos, como o combate ao racismo religioso.

O festival é gratuito /Foto: Divulgação

Encabeçado pela Ìyálode Ojéwunmi Rosângela D’Yewa, representante do Candomblé e vice-presidente do COMPLIR (Conselho Municipal de Defesa e Promoção da Liberdade Religiosa do Município do Rio de Janeiro), destaca a importância do evento: “O Festival de Agbado é uma oportunidade única de mostrar a resistência e a força das casas religiosas diante das adversidades impostas pelo racismo religioso. Este evento representa não apenas o Coletivo Afrikerança, mas a união de todos que preservam o sagrado em suas casas“, aponta a líder religiosa.

Tendo a natureza como a fonte da alimentação e energia. O festival é uma forma de retribuir às divindades sagradas a manutenção do equilíbrio da vida, o evento mostrará ao público os tipos de alimentos oferecidos aos orixás. Serão expostos, em vários pontos do Museu da República, frutas e alimentos feito de milho (pamonha, cural, milho cozido, bolo de milho e terá um Ọ́ṣọ́ọ̀sì feito de palha de milho e milho).

Uma exposição fotográfica, com imagens espalhadas pelo museu mostrará a importância dos terreiros (espaços onde o culto às divindades sagradas de matrizes africanas ocorrem).

Oficinas e palestras

O evento contará com oficinas de trabalhos manuais sobre cultivo do milho, artesanatos com a palha, contação de histórias, compostagem e capoeira, entre outros. Além de palestras sobre o uso de milho nas comidas dos orixás, terreiros sustentáveis e cuidados com o óri. Os visitantes ainda poderão conferir apresentações musicais, percussão e caboclas. 

Serviço
Para saber mais sobre o evento, acesse: instagram.com/afrikeranca

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