Um estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made/USP), demonstra a desigualdade na tributação de renda sobre lucros e dividendos entre pessoas negras e brancas. Uma das explicações para essa analise está na diferença na origem da renda advinda desses grupos.
Parte dos declarantes do imposto de renda que são brancos, 44,1% vem como empregadores, ou seja o lucro chega pelas empresas que administram e os rendimentos são isentos de impostos. Entre os negros, essa categoria se inverte, dos 44,4% dos declarantes são empregados públicos assalariados, sendo assim os rendimentos ocorrem a aplicação de imposto.
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Para o economista Matias Rebello Cardomingo, um dos autores do estudo, diz que, através da distribuição desse tipo de renda, o principal grupo beneficiado é o de pessoas brancas, que estão no topo.
“Olhe para o topo, quem é negro não se beneficia desse tipo de isenção. O resultado do trabalho foi exatamente conseguir explicitar um aspecto da tributação que tem como consequência imediata um prejuízo maior para os negros do que para os brancos”, afirma Cardomingo.
A pesquisa ainda reforça a retomada na distribuição de lucros e dividendos, isentos desde 1996, visto que a estrutura tributária evidência a desigualdade. O procedimento é distinto para aqueles que tem renda parecida, além dos dados anunciados pela receita não realizam um recorte racial.
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