No auge dos seus 19 anos, a cantora baiana Agnes Nunes inicia a turnê do álbum “Menina Mulher” e desponta como um dos nomes mais comentados do cenário musical brasileiro. “Estou muito ansiosa e animada. Esse álbum é muito especial pra mim, faz bastante tempo que eu tô trabalhando nele. Ele conta sobre essa transição que eu tenho passado, da menina para a mulher. Eu tô com 19 anos, então tenho vivenciado muitas coisas que me fizeram e estão me fazendo amadurecer muito”, comenta a artista.
Cada faixa do álbum traz uma mensagem sobre amores, partidas, inspirações, aprendizados, em melodias românticas, que misturam o jazz, o R&B, a MPB e o pop. “Fiz esse álbum baseado nessa evolução, nesse amadurecimento na forma de olhar o mundo”, diz.
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Nascida em Feira de Santana (BA), Agnes se mudou muito nova para Jericó, na Paraíba e se autointitula “paraibaiana” e, aos 12 anos, iniciou sua escrita para fugir do Bullying que sofria dos colegas na escola, por conta do seu cabelo Black Power. “Eu colocava todos os meus sentimentos no papel, escrevendo poemas e pensamentos que, posteriormente, se tornaram minhas primeiras composições”, revela.
Musicista autodidata, Agnes começou a carreira fazendo cover de outros artistas já consagrados e postando nas redes sociais. Logo, o talento da “paraibaiana” foi percebido por nomes de peso do cenário artístico brasileiro como Elza Soares e Lázaro Ramos, rendendo uma visibilidade maior no mercado fonográfico. Com isso, em 2019, foi convidada a participar do projeto “Elas por Elas”, da Baguá Records, para celebrar todas as mães. Foi a primeira vez que cantou com o cantor e compositor Xamã e dividiram quatro faixas do EP “Cida, Rose, Sonia e Dolores”. “Não quero me limitar a rótulos. Minha maior referência musical é a Elza [Soares], mas sou uma cantora plural. Na minha playlist não pode falta Seu Jorge e ritmos como R&B, MPB”, afirma.
“O momento mais marcante da minha carreira foi, sem sombra de dúvidas, em 2020, quando participei da Live com a Elza e Seu Jorge, até porque o samba também está nas minhas veias”, brinca.
Versatilidade
Em 2021, ela se jogou na música eletrônica, em uma parceria com o DJ Lucas Frota, no single “All Night Long”. Já em outubro do mesmo ano, ela lançou um forró, em homenagem à sua família e suas origens. “Esse xote, ‘Última Dança’ fala sobre a liberdade de amar, inspirada em um amor que precisei deixar ir”, conta.
Além disso, a artista também lançou a série documental “Abre Alas”, com seis episódios, em parceria com o YouTube, homenageando artistas negras que abriram caminho para outras mulheres pretas, que contou com a participação de Elza Soares. Atualmente, a cantora conta com mais de 2,7 milhões de seguidores no Instagram e já são mais de 1 milhão de visualizações no YouTube do clipe da faixa Papel Crepom.
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