“Até hoje não vivi o luto”, desabafa Mirtes, mãe do menino Miguel

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Nesta segunda-feira (02), Mirtes Renata mãe do Miguel Otávio, fez um forte desabafo sobre a morte do filho que caiu do 9º andar de um prédio de luxo em Recife, em 2 de junho de 2020. Em entrevista durante sua participação no programa ‘Encontro com Patrícia Poeta’, da TV Globo, Mirtes falou sobre a dor da perda do filho, e dos desdobramentos na justiça.

“Até hoje não vivi o luto pela morte de meu filho. Quando a justiça for feita, quando Sarí Corte Real for presa, aí sim viverei o luto”, disse a mãe de Miguel, ao vivo no programa. Sarí Corte Real, patroa de Mirtes e sua mãe Marta Maria, e ex-primeira-dama, deixou o menino de 5 anos sozinho no elevador do edifício. Na época ela foi presa em flagrante por homicídio culposo, mas pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada.

Em maio de 2022, Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) foi condenada a oito anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz, e  responde ao processo em liberdade.

Mirtes Renata em entrevista ao ‘Encontro’ da TV Globo / Foto: Reprodução/TV Globo

Mirtes Renata também falou sobre Sarí ter se matriculado no curso de medicina. “Ela faz medicina por amor, eu faço direito por necessidade“, afirmou. Mirtes entrou no curso de direito em 2021 para poder entender melhor como funciona o processo do caso do filho, e com o objetivo de ajudar outras mães que passam pela mesma situação que ela.

“Todo dia fico nessa ansiedade, esperando que o judiciário dê uma resposta, que saia a decisão de que Sarí seja presa. Não só a sentença, nós queremos que aumentem para a pena máxima de 12 anos. […] Tem caso que foi resolvido em menos de um ano, e o de Miguel está há 3 anos sem resolução”, desabafou Mirtes.

Do lado esquerdo, Sarí Corte Real e Sergio Hacker Corte Real; Do lado direito o menino Miguel, que morreu aos 5 anos /Foto: Reprodução/WhatsApp

Recentemente, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) condenou o ex-prefeito de Tamandaré Sergio Hacker Corte Real (PSP) e sua esposa, Sarí, a pagar R$ 2 milhões em indenização para a família de Miguel.

“O juiz colocou a indenização não só pela morte de Miguel, mas por uma questão trabalhista. O trabalho doméstico, naquele período [de pandemia da Covid-19] não era prioridade. Mesmo doente, eu estava trabalhando. Várias vezes eu pensei que ia morrer. Chorava direto porque pensava muito no meu filho e na minha mãe”, comentou Mirtes.

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