Esperança de ‘vida saudável’ no continente africano é 8 anos menor do que no resto do mundo, revela OMS

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Foto: Pexels

A esperança de vida saudável no mundo é de 64 anos, mas no continente africano a média é de 56 anos, é o que revela um estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas esse número já foi menor, a média de esperança de vida saudável no continente africano aumentou nove anos entre 2000 e 2019, passando de 47 para 56 anos. O progresso está longe de ser uniforme, como é o caso da Guiné-Bissau, onde a esperança média de vida é de 58 anos.

“O continente africano fez o maior progresso no mundo nos últimos vinte anos quanto” à esperança de vida “saudável”, indica o estudo da OMS. A explicação para os avanços alcançados tem a ver com um maior acesso aos serviços básicos de saúde. Um aumentou de 24% em 2000 para 46% em 2019, aponta o “Monitoramento da cobertura universal de saúde na região africana” da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A África Oriental e os oito países da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad) registaram o maior progresso, com um aumento de esperança de vida de 43 e 45 anos em 2000 para 58 e 57 anos em 2019.

O norte da África, abriga países como Argélia, Egito, Sudão, Marrocos, Líbia e Tunísia, é a localidade que mais se aproxima da média mundial: 63 anos. Já as três sub-regiões, África Central, Austral e Ocidental ficam para trás, com 54, 55 e 56 anos, respectivamente.

Na lista dos doze países no continente africano com maior esperança de vida surgem Cabo Verde com uma esperança média de 73 anos e São Tomé e Príncipe com uma média de 70 anos.

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O relatório trás duas explicações para estas disparidades.A primeira delas é o desempenho dos serviços de saúde, que depende do investimento em despesas públicas no setor da saúde. A segunda, seria o fato de que “os países de alto ou médio rendimento têm, na maioria dos casos, um Índice de acesso a cuidados de saúde e esperança de vida ao nascer muito mais altos do que os países de baixo rendimento”.

“A relação entre o PIB per capita não é necessariamente o factor mais determinante no investimento público no sector de saúde“, afirma Mabingué Ngom, assessor do Director Executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e director do UNFPA para a África União.

A Guiné Equatorial, com 1,4 milhões de habitantes, tem uma esperança de vida tão baixa quanto a da Guiné-Bissau, no entanto a riqueza do país é dez vezes superior. No Mali e nos Camarões, cujo PIB per capita quase duplica, as pessoas não vivem, em média, mais de 59 anos.

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