O ator Eddie Murphy revelou que foi obrigado a escalar um ator branco para o filme ‘Um Príncipe em Nova York’. Ele e Arsenio Hall disseram que o estúdio exigiu que a produção dos anos 1980 incluísse, no mínimo, um branco no elenco.
“Eu amo Louie Anderson, mas acho que fomos forçados a colocá-lo neste filme. Fomos forçados a colocar uma pessoa branca“, contou Hall, se referindo ao comediante que viveu Maurice no filme.
Murphy, então, explicou que os executivos do estúdio de cinema insistiram para que ‘Um Príncipe em Nova York’ não tivesse um elenco composto 100% por artistas negros. “Isso foi na década de 1980, sabe. Então foi tipo: ‘Precisamos ter pessoa branca no filme. Tem que ter uma pessoa branca no filme’. Eu fiquei tipo: ‘Oi?‘”, relembrou o ator. “Quem era o cara branco mais engraçado que existia? Nós sabíamos que Louie era legal, então foi assim que ele entrou para o filme“, disse Murphy sobre ser obrigado a escalar ator branco.
Louie Anderson também volta ao papel de Maurice em ‘Um Príncipe em Nova York 2’, que será lançado em 5 de março.
Racismo e falta de diversidade no cinema
Em outra entrevista, ao Radio Times, Murphy reconheceu que é impossível ser negro nos EUA sem “viver algumas m*rdas”, como ele definiu as situações racistas que já enfrentou. O ator também atribuiu a falta de diversidade na indústria cinematográfica ao fato de que “homens brancos comandam esse negócio”.
Enquanto promovia a esperada sequência do filme ‘Um Príncipe em Nova York’, Murphy falou sobre como a comédia não mudou desde o lançamento em 1988, mas admitiu que as pessoas estão “mais tensas” devido as mudanças necessárias no vocabulário. “Tem sido assim há anos e anos, mas não apenas os afro-americanos; é também sobre mulheres e outras minorias“, disse ele.