Em mais um ato racista, o presidente e dono do Bréscia, Massimo Cellino, afirmou que o atacante italiano Mario Balotelli só foi contratado por ter “valor agregado” e disse mais, fazendo referência à sua etnia. “É negro, está trabalhando para se clarear, mas está com dificuldade”, afirmou
Atualmente, o Brescia vem passando por um momento complicado na temporada e o mandatário alegou ainda que o atacante não é “bode expiatório” para a situação da equipe, lanterna do Campeonato Italiano. “Eu aceitei (contratação do jogador) porque considerava um valor agregado, ele deve dar respostas em campo, não nas mídias sociais. Mas ele não é o bode expiatório para a difícil situação do Brescia”, completou.
Reincidência
Mario Balotelli é vítima frequente de ataques racistas tanto na Itália quanto em outros países europeus. No início do mês, o atacante ouviu cantos racistas da torcida do Verona, em partida válida pelo Campeonato Italiano. O atacante se revoltou, chutou a bola na arquibancada e ameaçou deixar o gramado, mas os companheiros de clube o convenceram do contrário. O árbitro interrompeu a partida e o sistema de som do estádio Marcantonio Bentegodi alertou para que os insultos parassem.
Punição
A equipe do Verona teve um jogo como sanção, contra a Fiorentina, e foi obrigado a jogar com portões fechados. A Fifa vem fazendo vistas grossas para os atos racistas ocorridos dentro de campo, como foi o caso do atacante Taison, jogador brasileiro do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, que, após reagir a atos de racismo, foi é punido com um jogo de suspensão e a entidade máxima do futebol alegou que “a responsabilidade sobre o caso é das autoridades locais”.