De Preto Pra Preto: luta antirracista estampada na pele

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De Preto Pra Preto nasceu durante a pandemia. Foi criada a partir da ascensão social de um esportista preto com olhar empreendedor para incentivar o combate ao racismo. Além de lutar contra a desigualdade racial, a marca tem como objetivo leva aos seus clientes peças com qualidade e design. De modo que foi lançada na Shimano Fest, maior evento de ciclismo da América Latina em agosto. 

Jorge Bernardo foi nascido e criado no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. Amante de esportes, em especial o ciclismo, ele estava sempre em busca de novas aventuras, porém o bairro que cresceu era considerado por muitos anos um dos mais violentos da capital paulista. O acesso a locais para atividades físicas estavam sempre lotados e eram longe, o que dificultava o acesso.

De Preto pra Preto
Jorge Bernardo ao lado do expositor das peças. Foto: De Preto Pra Preto

“Cresci apaixonado pelo esportes, mas sempre com pouco acesso a qualquer infraestrutura. As piscinas públicas estavam sempre longe e lotadas. Eu precisava acordar muito cedo para enfrentar a fila de entrada ou durante os passeios escolares para o SESC”, relembra o esportista. Apesar de todos os contratempos, Jorge se esforçou, aliou suas paixões atléticas com uma sólida carreira na área da tecnologia. 

De acordo com o empresário, ele estava cansado de casos de racismo que pretos sofrem com a falta de equipamentos de ponta, “estou criando a marca também para canalizar toda minha raiva com o atual momento do Brasil, mas principalmente para apoiar a ascensão do povo preto em lugares que antes nos eram negados”. Ele continua, “é como se não pudéssemos ter aquele equipamento, parece que temos sempre de estar provando algo para alguém”, reflete.

A missão de De Preto Pra Preto

Letramento racial foi algo que o esportista só soube depois de adulto, e por isso não entendia o que era racismo estrutural e como funcionava. Formado em Cibersegurança e Tecnologia de Informação, mudou-se para São José dos Campos, interior de São Paulo. Ele trabalhou remotamente, passou a escutar muitos podcasts e um dos favoritos é AmarElo Prisma, de Emicida, onde aprendeu a “importância de ocupação e pertencimento”. 

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Diante disso, a missão do De Preto Pra Preto é ampliar o sentimento de pertencimento. Além de difundir a cultura antirracista na sociedade através do vestuário de ciclismo, com qualidade e design. Uma vez que marca foi criada em meio a um letramento racial para unir consciência e o amor pelo esporte. Por fim, para trazer democracia, pertencimento e acima de tudo voz para quem alcançou o seu lugar neste universo.

Os produtos vendidos carregam design inovador, qualidade e estilo próprio com frases antirracistas como: “fogo nos racistas” e “Resista”. Além disso, a loja conta com estampas exclusivas que remetem a arte africana. Conheça mais da marca clicando aqui.

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