Cuba celebrou a primeira união formal lésbica da história do país três semanas depois da legalização do casamento gay. As noivas que protagonizaram a cerimônia na cidade de Santa Clara, são Liusba Grajales e Lisset Díaz, companheiras há sete anos.
As mulheres estão oficialmente casadas graças ao novo Código das Famílias já em vigor, aprovado a partir de uma forte campanha do governo cubano com o apoio de Mariela Castro, filha do ex-presidente da ilha, Raúl Castro, e defensora ativa dos direitos LGBTQIA+.
Liusba Grajales, que trabalha como gerente da Universidade Central de Las Villas, se emociona ao falar sobre o dia histórico na vida dela e da esposa. “É um grande dia. Amor é amor, do jeito que é. Sem preconceito. Não sei se devo rir ou chorar. É uma mistura de emoções fortes.”
Sua emoção é reforçada pela então esposa, a dançarina Lisset Díaz, de 34 anos, que também declara sua felicidade: “Estou impressionada”, afirmou Díaz ao Daily Mail.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral do país, Cuba legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo depois que a sociedade cubana votou a favor de um Código Familiar com maior proteção para as minorias. O novo Código Familiar busca maior proteção também para mulheres, crianças e idosos, além de permitir a adoção de crianças por pessoas LGBTQIA+.
Os 3.936.790 votos favoráveis em relação aos 1.950.050 contrários, sinaliza o apoio esmagador da população à nova lei. Ainda de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral de Cuba, 74,1% dos eleitores aptos a votar foram às urnas e 94% dos votos foram contabilizados.
Com a mudança na legislação, Cuba se une a outros países da América Latina que também legalizaram a união gay nos últimos anos, como Chile , Costa Rica, Equador, Argentina, Uruguai, México e Brasil.
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