Proteção! Esse é o nome do longa metragem do Coletivo Ponte Cultural, da cidade de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. O elenco é formado majoritariamente por pessoas negrxs, retratando a população do bairro Apolo, na divisa dos municípios de Itaboraí e São Gonçalo.
Segundo o cineasta gonçalense, Alberto Sena, o filme tem 90 minutos de duração e tratará de questões como ancestralidade, espiritualidade, racismo, reparação racial e amor. “Quando escrevi “Proteção”, eu queria colocar para fora as minhas inquietudes sobre o racismo estrutural sem perder a magia do cinema. Quero que o filme leve reflexões sobre o nosso papel na sociedade. O protagonista é um herói dos tempos modernos e ter um elenco majoritariamente negro era o meu maior desejo como cineasta, que hoje começa a se concretizar”, declarou.
Apoios
A produção é uma parceria com o produtor cultural Marcos Moura e o ator Érico Brás. De acordo com Érico Brás, o filme está sendo realizado de forma totalmente independente, sem participação de nenhum edital ou lei de incentivo à cultura e ressaltou a importância de alimentar o imaginário popular com boas perspectivas e respeito pelas diferenças. “É importante que o cinema exerça esse papel. É possível construir uma visão sobre o que é ser cidadão, o que é ser negro e as possibilidades que circulam em nosso dia a dia”, afirmou.
Ainda segundo Sena, o filme está sendo produzido em diversas cidades do Rio de Janeiro e o lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2020. Por se tratar de uma produção independente, os realizadores contam com o apoio de empresas e instituições para finalização do projeto.