O vento derrubou árvores, destelhou casas e interrompeu o trânsito em estradas da região Sul do Brasil por conta do ciclone extratropical que chegou ao país na última quarta-feira (12). Foram registrados ventos de até 140 km/h no Rio Grande do Sul, causando estragos que atingiram mais de 50 cidades gaúchas e deixando mais de 500 mil pessoas sem luz.
O ciclone também causou um rastro de destruição em Santa Catarina e no Paraná, que juntos contabilizam mais de 1 milhão de pessoas sem energia. A ventania deixou transtornos sérios em cidades de São Paulo e impactos no sul de Mato Grosso do Sul, e na subida da serra de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
O governador em exercício no Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), informou por meio de entrevista coletiva dos alertas da Defesa Civil sobre a possibilidade de inundações e enxurradas em todo o estado. Por conta disso, o governador pediu que as pessoas que moram em locais de risco saiam de suas casas e procurem auxílio em residências de familiares, amigos e abrigos.
Desde o último Boletim da Defesa Civil do RS, 331 pessoas encontram-se desalojadas e 234 desabrigadas, e uma pessoa morreu.
O efeito do fenômeno já atingiu outros estados. A ventania que estava prevista para chegar na tarde desta quinta-feira (13) na cidade de São Paulo, chegou um pouco mais cedo e provocou estragos em algumas regiões da cidade. Ao menos duas árvores caíram na Zona Sul. Placas de metal despencaram do alto de um prédio de mais de 30 andares, também na Zona Sul, durante a manhã.
Segundo os bombeiros, não há registro de feridos em nenhum dos incidentes, mas duas pessoas morreram no Estado de São Paulo. Uma jovem em São José dos Campos, e uma idosa em Itanhaém, na Baixada Santista.
Pelo menos 11 estados do país também estão em alerta por causa do ciclone extratropical. Além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, os estados de Amazonas, Roraima, Sergipe, Espírito Santo, Rondônia também podem ser afetados pelo fenômeno e suas consequências.
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