Após 5 anos da estreia do espetáculo “Mercedes”, Cia disponibiliza a obra, gratuitamente, em plataforma streaming, a partir do dia 20 de maio
Com sua estreia na Arena do Espaço Sesc de Copacabana em maio de 2016, o espetáculo “Mercedes” já alcançou mais de 4 mil espectadores, circulou por 5 cidades do Estado do Rio de Janeiro através do Projeto X-TUDO CULTURAL e participou de importantes Festivais e Mostras Brasileiras, como a Mostra Benjamin de Oliveira, em Belo Horizonte e a Mostra Olonadé da Cia dos Comuns. E no ano em que se comemora o centenário da primeira bailarina negra do corpo de baile do Theatro Municipal, “Mercedes” fará temporada virtual de 20 a 30 de maio, na plataforma do YouTube do Sesi para celebrar os 5 (cinco) anos do Grupo EMU.
Recentemente, a Cia teve a circulação do espetáculo pelos teatros da Rede SESI /SP cancelada devido à pandemia do Corona Vírus. Mas o centenário de Mercedes Baptista, figura tão emblemática da história da dança, não poderia deixar de ser festejado. Mercedes Ignácia da Silva Krieger, nascida em 20 de maio, bailarina de formação erudita – uma das maiores representantes da cultura afro-brasileira no mundo -, pioneira da dança moderna brasileira e principal responsável pela disseminação das alas coreografadas do carnaval carioca é homenageada neste espetáculo teatral, que faz uma viagem pela vida da artista que até hoje contribui para o resgate e preservação da cultura negra brasileira.
“O Emú surge da convergência de anseios pautados na formulação de uma zona material poética, que possibilite ao ser negro e artista o agenciamento e autoria de sua própria história. A Cia tem a negritude como uma construção constante e se utiliza do palco como um instrumento para a potencialização do autoconhecimento e para a formulação de personagens não aprisionadas pelas paisagens responsáveis pela limitação das potencialidades do artista e indivíduo negro” – destaca Sol Miranda, atriz, produtora e idealizadora do projeto.
É a partir de sua trajetória que o grupo se lança sobre uma dramaturgia interessada no diálogo da questão racial com a contemporaneidade e agrega à apresentação manifestações artísticas como teatro, dança e música, utilizados como símbolos poéticos de representação da ligação entre a formação clássica e os conhecimentos de danças de matrizes negras. O universo da ficção submete um retorno às expressões afro-brasileiras, através da apresentação de uma narrativa em torno da construção da identidade negra na dança brasileira, contada a partir de fatos reais e fictícios da vida da personagem título.
O Grupo EMÚ é uma iniciativa para formação e consolidação de equipes negras no campo de trabalho, subdividindo-se em: Emú Produções Artísticas e Culturais (Produtora), Cia Emú de Teatro Negro e Núcleo de Pesquisas NEGRAHR (UFRJ). Destacam-se em seus projetos o espetáculo MERCEDES e A Mostra Ultrajado que recebeu o Prêmio Questão de Crítica 2018. É uma companhia formada para investigação teatral, conciliando um diálogo da questão racial com a contemporaneidade.
FICHA TÉCNICA
Concepção e idealização: Sol Miranda
Direção: Juracy de Oliveira e Thiago Catarino
Texto: Cássio Duque e Sol Miranda
Dramaturgia: Grupo Emú
Supervisão de direção e de dramaturgia: Fabiano de Freitas
Elenco: Ariane Hime, Emerson Ataíde, Iléa Ferraz, Paula Pardon, Raphael Rodrigues, Drayson Menezes, Tuany Zanini e Sol Miranda
Participação especial: João Paulo Alves e Reinaldo Junior
Coreografia e Direção de Movimento: Fábio Batista
Preparação Corporal: Charles Nelson, Elton Sacramento, Fábio Batista e Yara Barbosa
Bailarinos: Renata Araújo, Canela Monteiro, Evandro Machado e Priscila Lúcia
Direção Musical: Sérgio Pererê
Composição Musical: Kadú Monteiro e Sérgio Pererê
Composição percussiva biográfica: Kaio Ventura
Piano: Richard Neves
Violino: Frida Maurine e Nath Rodrigues
Violoncelo: Raquel Terra
Percussão: Kaio Ventura e Reinaldo Júnior
Efeitos: João Nazaré
Preparação Vocal: Priscilla Lacerda
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Iluminador de cena: Hebert Said
Figurino: Lucas Pereira
Concepção de Cenário: Juracy de Oliveira e Adriano Farias
Cenografia: Bambuê Arquitetura Viva & Mundo Livres
Fotografia Artística: Daniel Barboza, Felipe Alencar e Júlio Ricardo
Designer Gráfico: Giulia Santos
Imagens audiovisuais: Agôya, Felipe Alencar e Helena Bilinski
Edição das imagens e pós produção: Helena Bielinski (Xot Filmes)
Assessoria de formação de plateia: Ébano Produções Artísticas
Produção audiovisual: Helena Bielinski
Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa
Produção: Emú Produções Artísticas
Direção executiva: Sol Miranda
Produtores do espetáculo em temporadas: Aliny Ulbricht, Renata Araújo e Simone Braz
Produção Sesi Viagem Teatral: Nil Mendonça
Administração: Tuany Zanini
Parceiro: Terreiro Contemporâneo
Coprodução da montagem: Alquimia Cultural
Gerência de produção da montagem: Saulo Rocha
Coordenação de produção da montagem: Roberta Leão