O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) divulgou em seu Enfoque Econômico Nº 294, que o estado do Ceará registrou, em 2024, as menores taxas de pobreza e extrema pobreza de toda a série histórica. A série histórica utilizada para medir pobreza e extrema pobreza no Ceará começa em 2012.
O documento usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, com recorte anual de 2012 a 2024. Portanto, quando o estudo afirma que 2024 teve as menores taxas de pobreza e extrema pobreza da série histórica, ele está se referindo ao período de 2012 a 2024.
Em 2024, apenas 7,9% da população cearense vivia abaixo da linha de pobreza extrema, considerando uma receita internacional de US$ 2,15/dia por pessoa (PPC 2017) . Em 2012 eram 14,5% da população nessa condição e em 2021 chegou ao pico quanto atingiu 16%.
Em números exatos 2021, quase 1,5 milhão de cearenses viviam nessa condição. Esse número caiu para 1,016 milhão de pessoas em 2022. E, nos últimos dois anos, mais de 275 mil cearenses saíram da extrema pobreza, sendo mais de 135 mil somente no último ano, de 2023 para 2024. Esse resultado fez com que o número de extremamente pobres no estado caísse para 741 mil pessoas em 2024, que representa praticamente a metade do valor observado em 2021.
Os dados confirmam uma trajetória contínua de melhora na condição socioeconômica da população cearense. Em apenas dois anos anteriores, foram retiradas da extrema pobreza cerca de 59.170 crianças no Ceará.
Fatores que influenciaram a queda
De acordo com o estudo o que gerou desenvolvimento da região foi, o crescimento da economia local, especialmente nos setores de serviços e agropecuária, o fortalecimento das políticas públicas de transferência de renda, como Bolsa Família e a expansão do mercado de trabalho, com maior geração de empregos formais e do sistema previdenciário.
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