Caso Miguel: justiça suspende ação que determinou que ex-patrões devem pagar indenização à família do menino

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Nesta quarta-feira (18) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgou que a ação que condenou Sarí Corte Real, e seu marido, o ex-prefeito de Tamandaré (PE) Sérgio Hacker, a pagarem uma indenização pela morte do menino Miguel, aos familiares da criança, foi suspensa. O valor determinado havia sido de R$ 1 milhão.

A decisão foi tomada pelo ministro Marco Aurélio Bellizze, que suspendeu o trâmite da reclamação trabalhista movida pela mãe do menino Miguel, Mirtes Renata. A criança de 5 anos morreu em 2020, após cair do prédio onde a mãe trabalhava, no Recife.

Miguel já completou 4 anos de falecido /Foto: Reprodução

O ministro afirmou na decisão, que considerou que o pedido de danos morais não está diretamente relacionado ao contrato de trabalho entre a mãe do menino e sua ex-empregadora, e que por isso não afeta a competência para o caso. Segundo o STJ a decisão vale até que a Segunda Seção julgue definitivamente a questão.

No primeiro momento a indenização havia sido determinada em R$ 2 milhões, e porteriormente foi alterada para R$ 1 milhão, por decisão da Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região. A indenização na época foi concedida, segundo o juíz, pelos patrões obrigarem Mirtes e Marta Maria, avó do menino, a trabalharem durante o período de lockdown, da pandemia do Covid-19.

Sari Corte Real e Sergio Hacker eram patrões de Mirtes Renata e Marta Maria, e terão de pagar uma indenização de R$ 1 milhão / Foto: Reprodução/TV Globo

A ex-patroa chegou a ser presa em flagrante por homicídio culposo, mas foi solta após pagar fiança. Em 2022, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) confirmou a condenação da ex-patroa por abandono de incapaz com resultado morte, e fixou a pena em sete anos, em regime inicial fechado.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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