Caso Floyd: 2ª semana do julgamento de Derek Chauvin, “violou as regras da força policial”, diz chefe de polícia

Julgamento do ex-policial acusado da morte de George Floyd começa nos EUA

Ex-policial Derek Chauvin - Foto: AFP

Recomeçou nesta segunda (5), o sexto dia de julgamento do ex-policial Derek Chauvin, acusado de matar George Floyd. O júri ouviu várias testemunhas, entre eles o tenente Richard Zimmerman, supervisor do Departamento de Polícia de Minneapolis e o chefe da polícia de Minneapolis, Medaria Arradondo, que demitiu Chauvin, após o ocorrido. Zimmerman disse que Derek Chauvin “definitivamente” violou as regras da força policial ao ajoelhar-se nas costas da vítima durante mais de nove minutos, no dia 25 de maio de 2020.

Em seu depoimento ele falou sobre a importância do treinamento da polícia, e relatou que seus policias são treinados para prestar cuidados básicos como primeiros socorros. Durante o depoimento ele confirmou que os oficiais são ensinados a usar a força de forma razoável e que devem avaliar e reavaliar a situação, para aplicar a força. “Essa ação não é uma redução da escalada. E quando falamos sobre a estrutura de nossa santidade de vida e quando falamos sobre os princípios e valores que temos, essa ação vai contra o que nos ensinam“, diz o chefe da polícia de Minneapolis ao ver a foto de Chauvin ajoelhado sobre o pescoço de Floyd.

“Concordo, definitivamente, que viola a nossa política”, afirmou o responsável, quando questionado pelo procurador.

Derek Chauvin
Chefe da polícia de Minneapolis, Medaria Arradondo Foto: Reuters

Questionado no tribunal, sobre em que momento os policiais teriam que ter cessado o uso da força, ele disse que no momento que Floyd parou de resistir.

“Uma vez que o Sr. Floyd parou de resistir. E certamente uma vez que ele estava em perigo e tentando verbalizar isso, isso deveria ter parado. Há uma razoabilidade inicial em tentar apenas colocá-lo sob controle nos primeiros segundos. Mas uma vez que deixou de haver qualquer resistência, e claramente quando o Sr. Floyd não estava mais respondendo, e até mesmo imóvel, para continuar a aplicar aquele nível de força a uma pessoa algemada nas costas. Não faz parte do nosso treinamento. E certamente não faz parte da nossa ética ou dos nossos valores. “relata Arradondo.

Depoimento do médico

Nesta segunda semana de julgamento, o primeiro depoimento foi Dr. Bradford Wankhede Langenfeld, que prestou atendimento de emergência a Floyd, após o ocorrido.

O médico conta que os paramédicos detalharam o que havia acontecido com o paciente e que em nenhum momento eles atestaram que se tratava de uma overdose ou ataque cardíaco. Ele alega que no relatório, foi descrito que eles tentaram ressuscitar Floyd por aproximadamente 30 minutos. No relatório também consta que a equipe foi chamada para um tipo de atendimento de trauma facial, porém foi atualizado logo depois para uma chama de individuo em perigo.

De acordo com a CNN , o médico disse durante o depoimento que a causa da morte de Floyd foi a falta de oxigênio. “Não houve nenhum trauma externo óbvio e significativo que pudesse sugerir que ele sofreu qualquer coisa que pudesse produzir sangramento para levar a uma parada cardíaca,” disse o doutor.

Os promotores planejam mudar um pouco o foco, fazendo uma análise mais detalhada sobre o significado das ações do ex-policial Derek Chauvin. A acusação prevê nessa semana comprovar que as ações do ex-policial devem ser consideradas como assassinato e homicídio culposo.

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